Não me esqueça - Julie Soto


Depois de ler essa história, estou oficialmente orgulhosa de ser alcunhada de tiazona, arcaica, cringe e seja lá mais o que quiserem agregar para encompridar a lista.

Aliás, estou fortemente inclinada a acreditar que a maioria dos romances escritos de uns anos pra cá só serviu pra agastar minha boa vontade. Nunca vi um ajuntamento tão colossal de autores mais preocupados em passar alguma mensagem de “seja foda” do que simplesmente narrar uma história de amor.

Vejamos este livro, por exemplo. Por um lado temos uma mocinha com vasto problema de cabeça não resolvido e, por outro, um mocinho cagão cujo traço mais evidente é grunhir com mau humor.

E no meio dos dois temos a lamúria da heroína carpideira: “casamento é coisa do diabo” (sem nunca ter se casado); “sou um espírito livre, não preciso taxar o que temos” ou “acasalemos depressa naquele depósito fétido e encarquilhado, sem qualquer laço afetivo, porque preciso comandar um casamento daqui a 3 minutos” ou “ficarei em posição fetal porque o cosmos está contra mim”.

Tudo bem que a última foi por minha conta, mas serviu pra se ter uma ideia.

Enfim, podemos dizer que a intenção da coisa toda é frisar a copulação desenfreada e estropiar qualquer sinal /desejo de algo mais sério. Afinal, é mais foda ser foda num mundo pseudofoda.

Um breve resumo: 
Mocinha-morrinha é fazedora de casamento com carreira em ascensão e uma influencer famosa a convida pra ser sua cerimonialista.
Mocinha-lamurienta aceita, mas quase sofre derrame ao saber que seu ex (não ex) vai participar do processo.

E você pensa: “Mas gente! o que aconteceu no passado desses dois???”.
Spoiler: nada, se desconsiderarmos ‘chilique’ como motivo.

Aí ,você poderia pensar: mas a mocinha é traumatizada e o mocinho só respeitou a escolha dela.
Mais um motivo pra ela procurar um psiquiatra e ele virar homem.
Porque Deus me livre de um sujeito bunda mole que não caga e nem sai da moita.

Sim.
Cringe.

E a história foi no embalo de 50% falando sobre escolha de local pra festa, atraso, petúnia e etc; 30% sobre fornicação em todas as posições desafiadoras à gravidade e 20% sobre meu lamento do que deveria ter sido e não foi.
Discorda?
Quem liga?
😉

Ama Torres adora organizar casamentos, mas não tem a mínima intenção de ficar noiva. Dona de um pequeno negócio, ela sabe como apresentar os clientes aos fornecedores perfeitos para o evento dos sonhos. Bem, quase perfeitos...

Na maior parte do tempo, Elliot Bloom detesta ser florista. Quando o pai lhe deixou a loja, ele a encarou apenas como um problema, mas não conseguiu abandoná-la.

Já Ama não pensou duas vezes antes de largá-lo, dois anos atrás. Eles colaboravam em eventos durante o dia e, à noite, ela traçava com os dedos as intrincadas tatuagens florais no corpo dele.

Quando é contratada por uma celebridade e tem a chance de ser vista pelo país inteiro, Ama descobre que Elliot também vai trabalhar no casamento. As noivas não ajudam nem um pouco, pois notam a química entre os dois e ficam determinadas a juntá-los.

À medida que o evento toma vida, Ama e Elliot percebem que algumas coisas talvez possam sobreviver a uma completa catástrofe.



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