Quem pode narrar, com mais precisão, a história de um assassinato?
Em A Fúria, acompanhamos Lana Farrar, uma estrela de cinema aposentada que, envolvida pelo tédio da sua vida monótona, resolve se unir ao marido, filho e alguns amigos, para passar o fim de semana em uma ilha grega - um pequeno paraíso particular.
Mas o que se desenrola a partir dessa aparentemente calmaria coloca o leitor no centro de uma narrativa dúbia, permeada por inúmeras questões e dúvidas, em movimentos de tempo e espaço que, numa dança de passado e presente, desembrulham uma drama - e um destino - tenebroso.
Obviamente, quem já leu A Paciente Silenciosa - e teve uma experiência negativa ou positiva - cairá num limbo de expectativas para este livro (no meu caso, boas expectativas, já que gostei muito da obra de sucesso do autor).
Posso dizer que, salvo comparações injustas, o livro é original e se desenrola por caminhos instigantes e nada óbvios. Aqui, mesmo que a artimanha utilizada seja a mesma - um narrador pouco ou anda confiável - os personagens são profundos, sejam para causar empatia ou rejeição no leitor.
Rápida, a narrativa não escorrega nos clichês dos thrillers e sabe utilizá-los para causar uma sensação iminente de perigo e dúvida.
Não sabemos até que ponto nosso narrador - Elliot - nos dá uma verdade ou só própria versão (distorcida) dessa verdade.
Embora o final não tenha me impactado - colhi pistas e não me vi diante de um plot tão surpreendente - ele é satisfatório e cumpre a proposta da obra muito bem.
Alex Michaelides entra no roll dos meus queridinhos do gênero.
Boa leitura!
Esta é a história de um assassinato. Talvez isso não seja bem verdade. No fundo, é uma história de amor, não é?Lana Farrar é uma ex-estrela de cinema reclusa e uma das mulheres mais famosas do mundo. Todos os anos, convida seus amigos mais próximos a fugir do clima inglês e passar a Páscoa em sua idílica ilha grega particular.Você pode achar que conhece essa história. Provavelmente leu sobre isso na época – causou um verdadeiro rebuliço nos tabloides, se você bem se lembra. Tinha todos os ingredientes necessários para fazer a festa da imprensa: uma celebridade; uma ilha particular isolada pelo vento... e um assassinato.Nós nos vimos presos lá durante a noite. Nossas velhas amizades ocultavam em si ódio e desejo de vingança. O que se seguiu foi um jogo de gato e rato – um duelo de inteligências, cheio de surpresas e reviravoltas, culminando num clímax inesquecível. A noite terminou em violência e morte.Mas quem sou eu?Meu nome é Elliot Chase, e vou contar uma história diferente de qualquer outra que você já ouviu.
Oi, Ronaldo
ResponderExcluirFiquei interessada.
Sabe que eu não estava sabendo do lançamento desse livro do autor?! Mas também estou A paciente silenciosa na minha big wishlist rsrs
Essa obra parece trazer boas surpresas e reviravoltas, nos fazendo trocar de qual lado vamos ficar/torcer, e acho, só acho, que o narrador deve ser o próprio assassino!!!!
Será que vou ficar do lado dele?! Kkkk
Espero poder lê-lo logo!
Bjs
Ronaldo!
ResponderExcluirEmbora o autor seja renomado, nada li dele ainda e para falar a verdade, não gosto muito quando o protagonista não mostra segurança em sua narrativa, não gosto dessa dualidade apresentada.
cheirinhos
Rudy