A Fúria - Alex Michaelides


Quem pode narrar, com mais precisão, a história de um assassinato?

Em A Fúria, acompanhamos Lana Farrar, uma estrela de cinema aposentada que, envolvida pelo tédio da sua vida monótona, resolve se unir ao marido, filho e alguns amigos, para passar o fim de semana em uma ilha grega - um pequeno paraíso particular.

Mas o que se desenrola a partir dessa aparentemente calmaria coloca o leitor no centro de uma narrativa dúbia, permeada por inúmeras questões e dúvidas, em movimentos de tempo e espaço que, numa dança de passado e presente, desembrulham uma drama - e um destino - tenebroso.

Obviamente, quem já leu A Paciente Silenciosa - e teve uma experiência negativa ou positiva - cairá num limbo de expectativas para este livro (no meu caso, boas expectativas, já que gostei muito da obra de sucesso do autor).

Posso dizer que, salvo comparações injustas, o livro é original e se desenrola por caminhos instigantes e nada óbvios. Aqui, mesmo que a artimanha utilizada seja a mesma - um narrador pouco ou anda confiável - os personagens são profundos, sejam para causar empatia ou rejeição no leitor.

Rápida, a narrativa não escorrega nos clichês dos thrillers e sabe utilizá-los para causar uma sensação iminente de perigo e dúvida.

Não sabemos até que ponto nosso narrador - Elliot - nos dá uma verdade ou só própria versão (distorcida) dessa verdade.

Embora o final não tenha me impactado - colhi pistas e não me vi diante de um plot tão surpreendente - ele é satisfatório e cumpre a proposta da obra muito bem.

Alex Michaelides entra no roll dos meus queridinhos do gênero.

Boa leitura!

Esta é a história de um assassinato. Talvez isso não seja bem verdade. No fundo, é uma história de amor, não é?

Lana Farrar é uma ex-estrela de cinema reclusa e uma das mulheres mais famosas do mundo. Todos os anos, convida seus amigos mais próximos a fugir do clima inglês e passar a Páscoa em sua idílica ilha grega particular.

Você pode achar que conhece essa história. Provavelmente leu sobre isso na época – causou um verdadeiro rebuliço nos tabloides, se você bem se lembra. Tinha todos os ingredientes necessários para fazer a festa da imprensa: uma celebridade; uma ilha particular isolada pelo vento... e um assassinato.

Nós nos vimos presos lá durante a noite. Nossas velhas amizades ocultavam em si ódio e desejo de vingança. O que se seguiu foi um jogo de gato e rato – um duelo de inteligências, cheio de surpresas e reviravoltas, culminando num clímax inesquecível. A noite terminou em violência e morte.

Mas quem sou eu?

Meu nome é Elliot Chase, e vou contar uma história diferente de qualquer outra que você já ouviu.



2 comentários

  1. Oi, Ronaldo
    Fiquei interessada.
    Sabe que eu não estava sabendo do lançamento desse livro do autor?! Mas também estou A paciente silenciosa na minha big wishlist rsrs
    Essa obra parece trazer boas surpresas e reviravoltas, nos fazendo trocar de qual lado vamos ficar/torcer, e acho, só acho, que o narrador deve ser o próprio assassino!!!!
    Será que vou ficar do lado dele?! Kkkk
    Espero poder lê-lo logo!
    Bjs

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  2. Ronaldo!
    Embora o autor seja renomado, nada li dele ainda e para falar a verdade, não gosto muito quando o protagonista não mostra segurança em sua narrativa, não gosto dessa dualidade apresentada.
    cheirinhos
    Rudy

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