Munir Charruf é um autor que experimenta: a voz autoral, o manejo narrativo, a construção de personagens; tudo parece brincar de "se escrever", dando a nós a chance de também criar e ser parte de cada enredo.
Aqui, suas "Histórias Soltas" convidam o leitor a experimentar fragmentos do cotidiano, destrinchados em situações das mais variadas. A passagem do luto, um dia no hospital ou uma simples caminhada viram temas de fundamental importância em cada conto.
São quinze. Todos eles muito particularizados dentro da proposta. Com abordagens interessantíssimas, o autor caminha por territórios já conhecidos de sua obra - luto, espanto, mitologia - mas sem abrir mão da ousadia de trabalhar com novos gêneros. Se temos contos, temos também poesia, temos narrativas que se entrecruzam dentro de uma mesma história.
Algumas comoventes, outras divertidas, parece que viramos parte de cada vida cuja lupa é aproximada por Munir Charruf. Do "Simples secretário", em "Mais uma noite", o leitor espreita "Atrás da próxima porta", seja pela próxima aventura, ou pela próxima lágrima.
É bonito perceber como, por exemplo, o título calha bem. As muitas histórias, que a princípio se propõem soltas, amarram um livro que vale a pena percorrer de coração aberto. São muitos em um só.
Boa leitura!
Histórias Soltas é uma coletânea de textos produzidos durante dois anos de experimentação literária do autor Munir Charruf.São quinze contos que apresentam personagens em momentos decisivos de suas vidas, destrinchando sensações e sentimentos diversos e, por fim, revelando ao leitor e à leitora as possibilidades de transformações.
São muitos em um só!!!Olha a intensidade dessa frase, resumindo por si só, um livro com contos, distintos entre si, mas iguais na realidade, na vida, nas passagens!
ResponderExcluirComo não conhecia o livro, claro que já adorei conhecer e se tiver oportunidade, lerei!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Pelo visto, o autor aborda temas importantes, como a perda de identidade, a manipulação das massas e os perigos de um governo autoritário. A ausência de memória coletiva e a facilidade de manipulação dos habitantes são críticas profundas à sociedade e ao controle governamental.
ResponderExcluirOlá! Histórias assim, quase que despretensiosas, mas que tem muito a nos dizer são ideias para qualquer ocasião, acho que a leitura acaba trazendo um misto de sentimentos e por muitas vezes se identificar com a história é inevitável.
ResponderExcluirOi, Ronaldo!
ResponderExcluirGosto muito de contos, apesar de fazer tempos que não li um livro do gênero.
Não conheço a escrita do Munir Charruf, mas gosto bastante de autores que escrevem sobre o cotidiano, se aprofundando em várias situações e trabalhando com vários gêneros.
Valeu pela dica, anotada! ❤
Ronaldo!
ResponderExcluirContos são maravilhosos, ainda mais quando trazem as experiências de vida, em momentos decisivos para cada um.
Deve ser muito interessante.
cheirinhos
Rudy