E eis que finalmente a resenha do primeiro livro sorteado no projeto: Desencalhando livros da estante, chegou. Quem não conhece o projeto e quiser saber do que estou falando dá uma conferida no Reels que postei lá no Instagram explicando direitinho. AQUI.
Agora vamos falar de Jardim de Inverno e todas as sensações e emoções que essa leitura me causou. Se existe uma palavra que posso usar para classificar esse livro essa palavra é: Dilacerante. Nenhuma palavra fala mais ao leitor do que essa, isso sem falar de tocante, emocionante, cru, doído e sem esquecer profundamente marcante, extremamente triste, porém ao mesmo tempo cheio de amor. Difícil entender, não é? É quase impossível ler esse livro e depois não entrar em estado de reflexão, se fechar em si mesmo para pensar no quão cruel pode ser a vida, ainda mais uma vida que passou pelos terrores da guerra.
Temos aqui a história de uma família, na verdade de várias famílias. O livro começa a nos contar no tempo presente a vida de Anya, Evan e suas duas filhas: Meredith e Nina. Uma família “nada comum”. Anya é uma mulher que vive num mundo particular, ela não consegue demonstrar amor, pelo menos não em relação às suas duas filhas. Elas cresceram num lar onde o pai era só amor, e a mãe pura frieza. Com o desenrolar da trama e a partida do pai, elo que unia a família, as coisas começam a desmoronar. Em seu último pedido Evan pede a Meredith que cuide de sua mãe e a Nina que faça com que ela conte a história do Jardim de Inverno completa, porque só assim as filhas irão entender a mãe, e talvez criar um laço entre elas.
Começa aí uma história doída, cheia de amargor, de uma tristeza profunda, e vemos os personagens da trama se abrindo e deixando tudo aflorar, mesmo que esse “tudo” traga dor, mágoas e mais sofrimento.
Não tem como não ficar preso às páginas desse livro de forma quase hipnótica. Cada frase, cada passagem no tempo prende o leitor cada vez mais, e incomoda, deixa a gente com a sensação de que a cada página algo ainda pior pode acontecer, já que o fio condutor da Segunda Guerra Mundial, e a invasão de Leningrado é tão dilacerante quanto a história contada por Anya às suas filhas.
Fazia tempo que eu não lia um livro que mexesse tanto com meus sentimentos, foi uma confusão, um tormento lidar com tanta dor, ouvir de uma personagem uma história que facilmente pode ter acontecido com qualquer um que viveu os dissabores da guerra. Um lugar onde a morte espreita em cada esquina, e vem de todos os lados, sem hora marcada e pega os personagens e, claro, o leitor, de repente, sem aviso prévio e dilacera a alma.
Aí você chega naquele final, e simplesmente você sorri com lágrimas nos olhos, a sensação é de que se cumpriu o objetivo do livro, mas também que agora essa história tão profunda, tocante e dilacerante faz parte da alma da gente. Não tem como não imaginar um punhado de “se”, mas que talvez tornasse a história menos crível. De tão dolorosa ela se torna única e como eu disse anteriormente: o livro cumpriu seu objetivo.
Sempre que pego um livro da Kristin Hannah sei que ela vai roubar um pedaço da minha alma, e dessa vez, Anya, Meredith, Nina e todos os outros personagens da trama se entranharam em mim, vai ser difícil esquecer, deixá-los ir, até porque não é esse o objetivo dessa leitura.
Super recomendo, indico, e insisto: leia Jardim de Inverno, não espere tanto tempo para desfrutar dessa história incrível como eu fiz. Mas prepare-se, essa leitura precisa de um coração forte.
Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou em casa para cuidar dos filhos e da família. A outra seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas.A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante: uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra e o não menos frio Alasca. Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história.Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que abalará o alicerce de sua família… E mudará tudo o que elas pensam que são.
Ai amiga, os livros da Kristin Hannah são impactantes demais, nuna me decepciono, apesar de sofrer muito com as histórias criadas por ela. este livro em especial, me dilacerou, fortíssimo.
ResponderExcluirA mulher é pior do que to tio Nick no quesito drama, rsrrsrs
ExcluirAmo de paixão seus livros, sempre trazem um ensinamento profundo que leva a reflexão. Livros assim inspiram.
Beijokas
Confesso que ao ler a sua resenha, me deu vontade de ler o livro novamente. E é o que farei. Você é talentosíssima amiga. Ainda na espera de ler um livro escrito por você. Tenho certeza que será maravilhoso.
ResponderExcluirDeu vontade de ler de novo? Pois leia, vai ser uma nova experiência, com certeza.
ExcluirAh, amiga, um livro meu ainda demora, mas quem sabe um dia...
Beijokas
Leninha!
ResponderExcluirTem uns 10 anos que li esse livro e foi o primeiro da autora que li.
E ainda guardo toda angústia que senti com a leitura, todo drama vivido pela família e as reflexões que ela me trouxe.
A autora sempre me traz esse sentimento de tocar o coração de alguma forma e com esse livro, foi bem forte.
cheirinhos
Rudy
Histórias assim são realmente inesquecíveis. Kristin Hannah tem o dom
ExcluirBjs
Acredito que seja um livro com uma narrativa muito interessante de ler.
ResponderExcluir.
Cumprimentos cordiais e poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Tenha certeza, é sim.
ExcluirAbraços
Olá! Olha que o projeto começou bem demais hein, essas leituras que nos dilaceram acho que acabam se tornando ainda mais especiais e claro tem lugar certeiro na nossa memória e no nosso coração, fiquei bem curiosa para ler e finalmente conhecer a escrita da autora, já com os lencinhos preparados.
ResponderExcluirA maioria dos livros escolhidos no projeto são dramas, daí já viu né? Será um ano de grandes descobertas.
ExcluirLeia Kristin Hannah e vc jamais irá largá-la.
Depois me conta, rsrsr
Bjs
Eu acho que li somente um livro da autora, A Grande Solidão, que já não foi uma leitura fácil, pelo tamanho da dor que me causou.
ResponderExcluirAí em uma feira no ano passado aqui onde moro, encontrei esse livro em uma edição usada, mas no tamanho normal(já que só vinha encontrando a edição econômica) e tive medo dos meus olhos não darem conta.
Mas ele ainda está na estante e penso que começar o ano com esse escolha no projeto, foi mais quem um sinal divino para que eu leia o quanto antes esse misto de dor e alegria!
Esperar terminar uma trilogia de fantasia que estou lendo e embarcar nessa montanha de sentimentos!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Um sinal de que você deve ler logo, espera não, Angela.
ExcluirDepois me conta
Bjs
Oi,
ResponderExcluirLi ele tem 5 anos e nunca esqueço.
Foi dos livros mais marcantes e emocionantes que li na vida.
E triste. Muitíssimo triste.
É triste saber tudo que os seres humanos foram capazes de fazer de mal nas guerras mundiais.
Mas também é impressionante o quanto tiveram aqueles que resistiram e se ajudaram, amaram e buscaram a verdade, mesmo naquele tempo infernal.
Esse livro é riquíssimo em detalhes histórico, e com personagens arrebatadores.
No final fiquei chocada com aquela surpresa e muito emocionada!
Bjs
Nem posso comentar aquele final, Ana. Eu ri e chorei, foi emocionante demais.
ExcluirUm livro para guardar para a vida
Bjs