George - Alex Gino


George não é um menino. Apesar de todos a verem como menino, bem lá no íntimo ela sabe quem é: uma garota sensível, que amava vestidos e adora revistas e tem uma melhor amiga e é... uma menina esplendorosa de nome Melissa.

Sua chance de, finalmente, se mostrar para o mundo, surge quando sua turma da escola precisa encenar A Menina e o Porquinho, sendo ela a Charlotte. Mas, com todos a vendo como um menino - inclusive a professora - como ela poderia encarar o papel? Ele era exclusivamente destinado às garotas.

Mas, ao lado da sua melhor amiga, ela bolará o plano perfeito para que tudo dê certo e ela consiga viver esse sonho de ser quem ela é - ou quem poderia ser através do teatro.

O livro é bem rápido, fluido e tem uma narrativa cativante, "facilitada", tratando da questão da transexualidade na infância de forma responsável, até um tanto quanto "educativa" - mas sem usar a personagem apenas com esse fim, mas como um meio para levantar a questão.

Sensível, a obra traz outros personagens que se entremeiam na vida de Melissa para tornar sua vida mais alegre e possível, como é o caso de Kelly, sua amiga.

Enfim, acho que o livro tem a dosagem certa para atingir diversos públicos e pautar essa conversa com a profundidade certa, criando camadas narrativas interessantes e cativando, da primeira à última página.

Recomendado - para leitura, para presentear, para amar!
Boa leitura!

Seja quem você é. Quando as pessoas olham para George, acham que veem um menino. Mas ela sabe que não é um menino. Sabe que é menina. George acha que terá que guardar esse segredo para sempre: ser uma menina presa em um corpo de menino. Até que sua professora anuncia que a turma irá encenar “A teia de Charlotte”, e George quer muito ser Charlotte, a aranha e protagonista da peça. Mas a professora diz que ela nem pode tentar o papel porque... é um menino. Com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, George elabora um plano. E depois que executá-lo todos saberão que ela pode ser Charlotte — e entenderão quem ela é de verdade também.


4 comentários

  1. Como atriz e terapeuta devo dizer que o teatro tem um poder sobrenatural de enfretamento de preconceitos e de descoberta de nós mesmos. Esse lugar que o personagem habita na encenação e quer de fato transferir para a sua realidade, dá a impressão de ser algo muito lindo. Adorei a recomendação. Cherinhos de livro novo.

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  2. Falando na lata: sair do armário com maestria, beleza e poesia ao mesmo tempo!!!Mesmo sendo um livro curtinho, parece ser uma história voltada a todos os tipos de leitores e soando como necessária, pela dor de George, pelo fingir ser quem não se é e o se assumir, mesmo que de uma forma lírica!
    Já adorei e quero demais poder ter essa lindeza em mãos e aprender um pouco mais!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Ronaldo!
    Já tive oportunidade de ler esse livro há alguns anos e o que mais chamou minha atenção, foi justamente o cuidado que o autor teve em abordar a transexualidade de maneira sensível, principalmente, por se tratar de crianças.
    Bom demais!
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Olá! Mais uma história de leitura obrigatória para todos né! Acho super válido e importante termos livros que abordem esse tema, ainda mais assim de maneira tão leve, fiquei bem curiosa em como enfim nossa protagonista alcançará seu objetivo.

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