Não acorde o passado – Lisa Jackson


Comecei “Não acorde o passado” já agourando que a história seria uma jararaca mal matada.
Obviamente que não se trata de esconjuro prematuro, mas de uma lógica conclusão depois de testemunhar os leitores se dividindo entre “deu pro gasto” e “trocim de tacar pedrada”.
Um ou outro até falou que teve bão, mas como sou propensa a desgraças literárias, já me preparei pro ranço.

Bem, fiquei na turma do “deu pro gasto”. A história não é medonha, mas também não é um Petit gâteau.
Até falo dos pontos positivos e negativos mais relevantes, porque sou ordeira assim.

Positivo:
- a história te prende. Você entra numa paranoia de desconfiar de geral porque a autora enfiou uma penca de personagem que se encaixaria no perfil do vilão encapetado. Aí, quando chegou lá no final, eu sequer tinha cogitado aquele sujeito. E muito menos cogitado o desfecho do mistério ligado a tal Mansão Azul.
Ainda não sei se tudo era óbvio e eu fui “A” sonsa que deixou passar ou se a autora é quem teve a perícia de ludibriar bem ludibriado.
 
Negativo:
- a história teria sido bem melhor se não fosse tão prolixa. Certeza de que as primeiras 150 páginas foram um castigo por todas as vezes que eu disse que faria dieta nas segundas e comi dois pães pra afrontar. Sabe uma enrolação? Mas uma farta enrolação descabida? Se o livro tivesse umas 250 páginas, grandes chances de ter sido bem melhor.
E outro ponto que não poderia deixar de mencionar é que a autora meio que cagou nessa de enfiar sobrenatural e policial na mesma história. Sei lá, tô com preguiça de explicar.

Enfim...
Acho que “Não acorde o passado” é o tipo de livro que vai permanecer num limbo literário, aquele lugar indefinido de “história boa, mas esquecível”, que pode agradar uns e emputecer outros.
Mais ou menos isso.

Se recomendo?
Se você tiver uma paciência infinita, dá pra encarar de boa.
😉

Em busca de um novo começo, Sarah Stewart decide retornar a sua cidade natal para restaurar a velha mansão vitoriana onde cresceu. Suas filhas, Jade e Gracie, não se sentem particularmente animadas ao encontrar o sinistro casarão empoleirado à margem do indomável rio Columbia.
No momento em que põe os pés na Mansão Pavão Azul, contudo, Sarah começa a questionar sua decisão. Ela é assolada por lembranças dolorosas da infância — sua mãe fria e cruel, sua meia-irmã Theresa, que desapareceu sem deixar rastros, e a longínqua noite de tempestade em que ela própria foi encontrada vagando no terraço, com febre e delirando.
Para completar, desde o brutal assassinato de Angelique Stewart na residência, quase um século atrás, reza a lenda que a mansão é assombrada. Quando menina, Sarah sentia uma presença ali, e logo a caçula Gracie afirma ter visto o fantasma de uma mulher de branco.
O esperado recomeço logo se transforma em um terrível pesadelo quando, uma a uma, as adolescentes da cidade começam a desaparecer, e Sarah teme pela segurança de suas filhas naquele casarão onde o mal parece ser o mais antigo residente.
Em algum lugar nas profundezas de sua memória está a chave para decifrar um perigo muito real e aterrador. E somente enfrentando seus medos mais obscuros ela pode parar o pesadelo que ameaça voltar à vida mais uma vez...


 

7 comentários

  1. Difícil livro assim né...depois de um livro assim fico em dúvida em recomendar..mas sempre penso: "se tiver um tempinho a gastar..leia e tire sua conclusão".
    Fiquei com medo de gastar tempo com ele, mas fiquei curiosa, confesso!!

    Beeijos

    http://estanteflordelis.blogspot.com

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  2. Tícia!
    Não li o livro, entretanto, gosto dessa mistura de policial com sobrenatural e confesso que fiquei bem curiosa em poder ler para tentar desvendar todo esse mistério que envolve a mansão e os acontecimentos do passado.
    cheirinhos
    Rudy

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  3. Guerreira vc!!!!! eu teria desistido..dependendo do livro, se não me prende eu largo para lá kkkkk

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  4. Olá! Olha o gênero não é um dos meus preferidos, por isso, não fiquei tão empolgada assim com a história, ainda mais com todos esses altos e baixos que ela traz, prefiro poupar meu pobre coração (risos), porque sou daquelas que não consigo largar uma leitura, por isso, acho que precisaria de muita força para passar pelas 100 primeira páginas.

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  5. Vou deixar passar viu, gosto de um mistério, um suspense, mas não sei se sobrenatural e policial vai dar certo não.
    Você está de parabéns por não ter desistido.

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  6. Não fiquei com vontade de ler
    Náo gosto de livros com toques sobrenaturais. Gosto de suspense acho que a autora poderia fazer algo diferente .essa fórmula de ficar vendo fantasma vestido de branco já está bem batida

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  7. Eu adoro seus comentário Ticia!sou sua fã. Me identifiquei muito com seu "sei lá ,to com preguiça de explicar". Morri de rir...eu sou assim tbm...Morro de preguiça de ler livros com essas pegadas sobrenaturais. Um beijo

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