Desaparecidas – Lauren Oliver


Claramente sou a rainha do equívoco literário.
Nunca vi alguém mirar tanto no chocolate e acertar nos nabos e alcachofras. 
Fiz tudo certim: catei um livro no aleatório, sufoquei qualquer sinal de expectativa alta e tive como único e humilde critério, o thriller.
Me ferrei de novo.

Pois é. Embora Desaparecidas seja muito bom, na metade do livro eu tive certeza absoluta do mistério (e acertei. Sim, meu ego tá inflado) e a coisa toda passou de suspense pra drama.

E lá estava eu, tão envolvida na desgraça que me tornei “a tia que dos gatos que fura a bola”, reclamando dessa juventude que tá cagando pra tudo, da falta de diálogo entre pais e filhos e entre filhos e filhos, da falta de empatia entre as gentes, dessa geração Y que não resiste a uma brisa, que no meu tempo não era assim e por aí vai.

E terminei o livro deprimida, já que o final foi meio melancólico, meio aberto, meio merda. Custava fechar a desgraceira toda com um happy end redondo, daqueles que a gente tem certeza de que geral viveu feliz pra sempre? 
Que morra a verossimilhança ou realidade.

Agora tô aqui, já olhando minha estante, procurando uma historinha bem leve, pra desopilar o emocional carcomido.
Se recomendo?
Muitíssimo, mas toma um suquinho de maracujá antes pra dar conta.


As irmãs Dara e Nick eram inseparáveis, mas isso foi antes — antes de Dara beijar Parker, antes de Nick perdê-lo como melhor amigo, antes do acidente que deixou cicatrizes no belo rosto de Dara. Agora as duas, que eram tão próximas, não estão mais se falando. Em um instante Nick perdeu tudo, e está determinada a usar o verão para conseguir sua vida de volta.
Só que Dara tem outros planos. Quando ela desaparece, no dia de seu aniversário, Nick acha que a irmã está se divertindo por aí. Mas outra garota também sumiu — Madeline Snow, de nove anos — e, conforme Nick procura pela irmã, fica cada vez mais convencida de que os dois desaparecimentos podem estar conectados.
Neste livro tenso e cativante, Lauren Oliver cria um mundo de intrigas, perdas e suspeitas, enquanto duas irmãs buscam encontrar uma à outra — e a si mesmas.


5 comentários

  1. Olá Tícia,
    Desculpa mas ri do seu dedo podre (desculpe a expressão haha). Esse livro tem tempo que anda no meu radar e provavelmente ainda me agradaria, mas foi bom para baixar as expectativas, até porque descobrir o mistério no meio do livro é sacanagem.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

    ResponderExcluir
  2. Tícia!
    Nem sempre tudo é como pensamos, embora você parece a bala que matou John Lennon por ter descoberto todo mistério antes do final, acredito que nem sempre o final desses livros geralmente são assim, abertos e quase sempre, nunca tem um final feliz...
    Desejo que encontre uma leitura satisfatória.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  3. Rsrsrs eu morro de rir com suas resenhas,mas sempre acabo colocando suas indicações na listinha daqueles mais desejados.
    Tipo, se te fez passar raiva, vou adorar(no bom sentido)
    Ainda não conhecia o livro,mas eu amo um suspense e se tem revelação fácil, eu vou dançar e acertar só no fim mesmo rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

    ResponderExcluir
  4. Da autora, eu só li o "Antes que eu vá" e gostei demais da experiência. Nunca mais li nada dela, mas leria numa boa este. Gosto de tirar as minhas conclusões também.

    Obrigada pela dica!!

    Van.

    ResponderExcluir
  5. Olá! Ai ai que eu fico um tanto quanto receosa quanto a essa leitura., acho que vou acabar me irritando, mas gostei da parte em que você desvendou o mistério, acho que é uma grande oportunidade para eu tentar usar meus dotes de detetive, vai que eu também acerte, iria ser a primeira vez (risos).

    ResponderExcluir

Seu comentário é sempre bem-vindo e lembre-se, todos serão respondidos.
Portanto volte ao post para conferir ou clique na opção "Notifique-me" e receba por email.
Obrigada!