Como afetamos a natureza e como somos afetados por ela?
Através de uma reflexão guiada pela nossa situação atual, de uma sociedade acometida pelo coronavírus, Ailton Krenak traça um panorama sobre como o ser humano se relaciona com a natureza e de como esse relacionamento, cada vez mais tóxico e impessoal, afeta diretamente nossa própria humanidade.
Os questionamentos do autor levam o leitor a uma percepção amplificada e realista do mundo e da natureza, realidade esta que parece se moldar conforme nossos desejos - mas que também nos cobra um preço, um preço que é pago com nosso próprio afastamento de uma humanidade inerente. E é o que, afinal, nos leva a busca quase que, senão completamente, inalcançável do amanhã.
E que amanhã é esse pelo qual esperamos? Como nossas atitudes contribuem para que o mundo cada vez mais se torne inabitável para espécies de vida? Somos nós inatingíveis por todos esses reflexos da nossa própria destruição para com a natureza?
As perguntas levantadas nos servem como as respostas que, num primeiro momento, soam evasivas. Mas como pretendemos todos nós respondê-las?
Com um texto curto, preciso e afiado, Krenak se torna uma voz importante, que ecoa de uma comunidade indígena que luta pela sobrevivência em um país cujo governo se volta cada vez mais contra esses povos. E esse texto conciso é uma chave cheia de possibilidades para que nós olhemos com mais generosidade para esse mundo que nos cobra pouco quando sabemos vivenciá-lo.
Vivente de uma natureza que também batalha pelo seu sentido mais primitivo, Krenak parte da sua própria experimentação da vida com as árvores, a terra, os animais, nos motivando a buscar respostas para perguntas que parecemos distraídos demais para perceber - intencionalmente ou não.
Texto importante e disponível DE GRAÇA na amazon. Recomendo a leitura, a reflexão e a potencialidade de mudança provocada. Afinal, somos nós também a natureza e o amanhã não está à venda!
Boa leitura!
(Parte dessa resenha foi publicada também no Instagram @amantesporlivros)
Há vários séculos que os povos indígenas do Brasil enfrentam bravamente ameaças que podem levá-los à aniquilação total e, diante de condições extremamente adversas, reinventam seu cotidiano e suas comunidades. Quando a pandemia da Covid-19 obriga o mundo a reconsiderar seu estilo de vida, o pensamento de Ailton Krenak emerge com lucidez e pertinência ainda mais impactantes.Em páginas de impressionante força e beleza, Krenak questiona a ideia de "volta à normalidade", uma "normalidade" em que a humanidade quer se divorciar da natureza, devastar o planeta e cavar um fosso gigantesco de desigualdade entre povos e sociedades. Depois da terrível experiência pela qual o mundo está passando, será preciso trabalhar para que haja mudanças profundas e significativas no modo como vivemos.
Ontem passando pela sala de casa, eu ouvi uma frase(não me lembro se foi no Faustão ou algo assim que passava a tarde) onde a pessoa se questionava se era possível passar essa pandemia e não aprender nada.
ResponderExcluirA cada dia que ligamos a tv ou vemos um jornal, é inevitável não se deparar com toda a destruição que estamos vivendo e muitas vezes, somos responsáveis, sim, apenas pelo fato de nos calarmos.
Com certeza, já vou lá procurar e ler esse texto super importante e atual!!!
E tomara que todos nós, aprendamos algo de bom e a cuidar desse mundinho tão lindo, que Deus nos deu.
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá! Sem dúvida uma leitura bem atual e necessária, justamente por trazer tanto do nosso dia-a-dia. É bem assustador saber que um momento tão difícil como esse e que deveríamos aproveitar para nos tornar pessoas melhores, fazendo escolhas mais coerentes, ainda há aqueles que só conseguem pensar em si e ignoram a pandemia que estamos enfrentando.
ResponderExcluirRonaldo!
ResponderExcluirJá tinha baixado o livro naa Amazopn e pretendo ler em breve.
Bacana esse livro do autor indígena e parece uma leitura apropriada para o momento.
Importante esse contato com a natureza que engrandece o entendimento sobre a doinâmica da vida e ao mesmo tempo, o quanto agimos de forma errada e somos cobrados, como agora...
cheirinhos
Rudy