Eu amo Martha Medeiros. Começo esta resenha assim, dizendo o que confirmo a cada livro que leio da autora: amo Martha Medeiros. Amo sua maneira despojada de enxergar a vida, adoro suas soluções simples para as pequenas catástrofes cotidianas e reverencio seu jeito de falar sobre toda e qualquer coisa do jeito que mais lhe parece conveniente. Ninguém pode duvidar de sua sinceridade para com o leitor, é verdade!
Em Topless, coletâneas de crônicas que publicou em jornais no final do século passado - bonita a ideia de encontro que as coletâneas trazem, como se todos os textos fizessem sentido juntos e se tirassem pra dançar num mesmo espaço de páginas, né? - a autora levanta discussões das mais variadas e no seu estilo Martha Medeiros de ser. Fala sobre tudo: a vida, amores, filmes, livros, decepções, variações de humor, sexo, homens, mulheres, mais sexo, pudor, nudez, amizades, casamentos feitos e desfeitos, enfim.
Como observadora da vida acontecendo no instante em que acontece, Martha captura o cerne da questão como Clarice, eu diria - só que mais despretensiosamente, falando uma linguagem que a gente entende de cara, papo reto "senta aqui pra eu te explicar umas coisas olhando no teu olho".
Gosto do texto da autora porque é exatamente isso, olha no olho do leitor, penetra suas emoções e desnuda as coisas que nos acontecem nos inesperados e nas previsibilidades. Por isso Topless. Tira peça por peça, despe a vida com palavras, com suas impressões de arte, de infelicidade, de afeto, de cinema. De tudo: vai deixando o leitor nu diante das crônicas.
É uma honra viver a geração em que Martha Medeiros está aí nos jogando baldes de água fria pra gente refletir sobre os mais variados assuntos. Acompanho a autora, sigo seus passos e vou agregando aquilo que acredito ser boas práticas pra tornar a vida e as relações menos burocráticas, mais leves e saudáveis. Aceite o desafio de ler Martha e se apaixonar, mesmo que você não leia muito crônica.
Mas lembre que ela também é boa com prosa e poesia. Se você jogar o nome no Google tem pra todo gosto. Experimente.
Também adoro ler o que ela escreve! Parece que sempre tem algo que já vi ou ouvi.
ResponderExcluirTambém admito que sou fã demais do trabalho primoroso que a autora traz e nos joga na cara literalmente. As vezes como baldes de água gelada, outro? Apenas com um afago na alma, daqueles bem fofinhos!
ResponderExcluirParece que Martha vive além da realidade. Vive acima do que passamos e por isso sempre sabe o que dizer não só para confortar, mas também para nos alertar que é sempre possível buscar saída em outros lugares!!!
Ainda não li este trabalho dela, mas por amar crônicas, com certeza, quero ter a oportunidade de conferir!!!
Beijo
Eu comecei a ler alguns livros da autora esse ano e o que eu mais gostei no trabalho dela foi a questão do choque de realidade que é uma das obras dela mostrando a verdade nua e crua para as pessoas só que não de uma forma agressiva é delicado a escrita dela mas esse eu ainda não vi mas deve ser interessante como autora consegue manter as aves no céu e o pé na realidade como ela consegue coexistir em dois ambientes que a realidade e a fantasia ela é realmente uma autora fenomenal
ResponderExcluirOi Ronaldo!
ResponderExcluirComo fã louca, quero mto ler mais essa obra da Martha.
A forma que ela escreve é mto bacana, espero ter oportunidade de conhecer.
Bjs!
Olá Ronaldo,
ResponderExcluirInfelizmente, só tive a oportunidade de ler alguns pequenos textos da Martha passeando pela internet, nunca tive um de seus livros.
Sobre as crônicas, sinto que são tão verdadeiras, que a jornalista e autora se baseou muito em seu próprio dia a dia, acredito que por isso o leitor se envolva tanto, é fácil nos enxergar naquelas palavras!
Que bom ser utilizado uma linguagem mais dinâmica, acho isso essencial para que o livro passe por várias gerações.
Beijos