Sally Thorne surge na cena literária apresentando um ambiente de trabalho hilário e sensual em uma comédia sobre aquela conhecida linhazinha tênue entre o amor e o ódio. Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora.
Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.
Nossa, mas eu gostei muito de O jogo do amor/ódio!
Nem eu tô acreditando que mirei na alcachofra e acertei no brigadeiro, já que comprei esse livro no fortuito. Sabe a tal promoção da Saraiva do dia das mulheres?
Pois é. Desde aquele dia, o bixim ficou na estante mofando e sendo solenemente ignorado.
E uma penca de livro bosta foi passando na sua frente.
Quem faz uma merda dessas? Deixa de lado o bom e se joga no medonho?
Eu, claro.
Sobre a história, sim é clichê: colegas de trabalho que supostamente se odeiam e no final das contas, tem nada disso. Até aí, mais do mesmo.
Porém, o que me fez adorar esse livro, o que tornou ele foda não foi a história em si, mas duas coisinhas que eu AMO: mocinhos carismáticos/apaixonantes/espirituosos e o talento da autora em narrar a história de uma maneira que não estorva o texto nem minha boa vontade.
Lucy, por exemplo, é hilária. Me lembrou a Freda e a Lena dos meus favoritos Painted Faces e Lead ou até mesmo o Drew de Atraído, em uma versão muito mais humilde, claro. Ou seja, tenho uma tendência a gostar de narrador espirituoso. Vai falar que não é catártico ler um livro estando dentro da cabeça de um tipo desses?
O que nos leva a concluir que se eu estiver lendo uma história em que o narrador seja morrinhento, 100% de certeza que vai dar ruim.
Já o Josh... arriar pelo cara foi eufemismo. Aliás, vou deixar aqui o resumo que a mocinha fez dele:
“Masculinidade bruta contrastando com gentileza é a coisa mais atraente em todo planeta.” (p.365)
Puta que o pariu. Essa é ou não uma definição perfeita pra um homão que é da porra e, ao mesmo tempo, é frágil e tímido. E meio atrevido, porque saliência faz parte.
Não vou falar muito da história, o que acontece e blablá porque, como eu disse, ela não tem novidade alguma. Mas embora seja clichê, foi tão gostosa de ler, fluiu tanto que é impossível não dar nota máxima, favoritar e ostentar um sorrisinho besta de satisfação.
E não poderia deixar de dizer que sou a favor de cortar o pinto do pai do Josh. Pra deixar de ser um pau no cu. A-DO-REI, silabicamente, a cena quando Lucy dá um esculacho no meliante. Quem sabe ele não tenha aprendido e feito um favor a si mesmo retirando o cabo de vassoura do rabo. Josh não merece um porre daqueles.
Só tenho uma coisa a reclamar. Epílogo. Cadê, porra?
Tá, deu pra entender que os dois vão viver felizes pra sempre, mas eu preciso disso escrito, explícito em letras garrafais, registrado em cartório.
Aliás, alguém tá sabendo se a autora ficou com peso na consciência e num acesso de bondade, escreveu um epilogozinho, tipo 1.5, só pra alegrar o alheio?
:/
Agora, pergunta se eu recomendo???
Pra caralho.
;)
P.S.: Para quem não sabe a Tícia criou uma página lá no face, passa lá.
Link AQUI.
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Sou fã das histórias clichês que são salvas pelos seus personagens diferentes, e claramente esse livro é assim. Eu também amo os mocinhos que não tem nada de bad boys chatos e o Joshua me pareceu ser muito esse cara. A premissa é muito boa, acho que toda história que começa com esse ódio de um personagem com o outro tem tudo pra dar certo, porque você entra de cara no livro, você sofre igual condenado e tem vontade de arrancar os cabelos tudo ao mesmo tempo kkkk porque você consegue perceber rápido que os bonitos foram feitos um para o outro e eles continuam la brigando e não assumem logo que estão apaixonadinhos.
ResponderExcluirTo curiosa pra fazer essa leitura que me pareceu bem leve e fácil de ler.
Opa! Mas este tal pai do Josh deve ser merecedor mesmo deste fim tão trágico, rsrsrs.
ResponderExcluirEu simplesmente ADORO um livro clihê, nunca resisto e sempre me apaixono, que me julguem, mas é isto mesmo.
Esta capa é bonita e eu comprari por ela. Já quero ler...
Beijos
Adoro um bom clichê e como sou aquele tipo de pessoa romântica e tals, só acredito no amor se ele vier com dor e aquela pitada generosa de ódio..rs
ResponderExcluirNão conhecia o livro,mas estou encantada com o que li acima.
Joshua já começa bem pelo nome(amo) e nos traz um mocinho que é mocinho de fato, sem esta pegada de homem duro, rude e grosso. Mas que também apresenta este lado chatinho e humano.
E Lucy,mesmo sendo uma personagem tão comum, aparentemente, traz um pouco de cada uma de nós.
Com certeza, espero poder conferir mais esta história de amor e espero mais ainda, não sentir vontade de "picar" ninguém não.rs
Beijo
Tícia!
ResponderExcluirAdoro alcachofra e amo brigadeiro, talvez se tivesse escolhido aipo...kkkkkk
Essa competição profissional só poderia dar em atração, não é mesmo?
Fiquei bem interessada em fazer a leitura.
Suas resenhas sempre hilárias, adoro!
“Palavras gentis não custam muito, e ainda assim conquistam muito. (Blaise Pascal)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA JULHO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Oi Tícia,
ResponderExcluirBrigadeiro? Adoro ❤️
Todo clichê quando bem trabalhado se torna uma história fantástica, tá aí esse livro para provar.
Ah, esses mocinhos, sempre nos conquistando, tô imaginando esses dois brigando e se desejando ao mesmo tempo, imagino que humor não falte, e pela descrição da mocinha, bem, desejo é o que não falta!
Tenho que dizer que adorei, e a forma que apresenta o livro fica mais divertida.
Beijos