Ciao!
Sou a Beta, do Literatura de Mulherzinha. A Leninha me convidou para participar da festa de 10 anos do Sempre Romântica e cá estou eu, dando meus pitacos. E escolhi como tema um estilo de livros que eu adoro ler.
Eu adoro um romance que se passa em uma época antiga.
Permite que a gente se desligue das insanidades da nossa vida nada mole vida e embarque nas aventuras, desventuras, encontros, desencontros, gargalhadas, dramas, lágrimas e lutas de personagens.
Esta ligação começou porque quando fiz a migração dos livros de “criança/adolescente” para livros “de gente grande”, comecei pelos históricos da antiga Harlequin-Nova Cultural. Estabeleci laços com tramas que se passavam na Escócia Medieval, na Inglaterra, na Irlanda, na França e na Itália. Se tivessem famílias como protagonistas; mulheres fortes ou se acontecessem em Florença ganhavam meu coração sem o menor esforço (sim, quando toca a corda certa, me leva fácil, fácil). No efeito dominó que se seguiu, de repente, lá estava eu lendo histórias de vikings, de amor em meio às guerras napoleônicas, estando em meio aos conflitos dos clãs escoceses.
(Sei que não agrada a todo mundo. Uma amiga dizia que não conseguia ler porque tinha nervoso de se imaginar sem todas as condições modernas em um castelo no meio do nada no frio da Inglaterra. É um ponto de vista legítimo. Nem preciso dizer como tenho urticária quando tentam me indicar autores que eu não gosto de jeito nenhum).
Voltando ao assunto: quem leu os livros desta época, sabe o quanto a (maioria) das tramas tinham riqueza histórica. Cheguei a citar um deles – Pequim: Cidade Proibida – num trabalho de História sobre uma revolta que houve na China. Você se entretia e aprendia.
Por isso, imaginem a alegria de alguém como eu, vendo as prateleiras cada vez mais cheias deste tipo de romance – várias editoras que atuam em livrarias investiram em massa neste perfil de livros, sabendo que teria público. Arqueiro, Bezz, Planeta, Universo dos Livros, Charme, Gutemberg, HarperCollins, os selos do Grupo Editorial Record. Quem publicava e não destacava passou a dar muita visibilidade.
Muitas editoras e leitoras chamam a maior parte dos lançamentos desta nova onda de “Romances de Época”, até porque eles são focados entre os séculos 18 e 19, acompanham as intrigas da aristocracia inglesa. Por isso, tivemos acesso a edições com o cuidado merecido (porque, em alguns casos, foram publicadas trama cortadas para caber em determinado formato): Julia Quinn esteve no Brasil (e eu ainda não fui vê-la!), Mary Balogh (Wulfric, seu lindo!), Eloisa James, Loretta Chase, Lisa Kleypas (só pra citar algumas que eu li).
Eu, como sou vintage, oldschool, velha guarda (como queira chamar), ainda coloco tudo no balaio lindo, rendado e perfumado dos Romances Históricos. Como disse em um texto pro Literatura de Mulherzinha, minha cabeça insana fez uma divisão temporal que designa assim os livros com tramas que se passam antes de Cristo até a 2ª Guerra Mundial. Assim, meu mundo vasto mundo se amplia além dos horizontes do trio encrenqueiro da Europa nos séculos 18 e 19 (Grã-Bretanha, França e o que atualmente chamamos de Itália).
Porque me lembram de todas as vezes em que fui ao sebo e saía de lá com algo que se passava das idades Antiga e Média, Renascimento, Descoberta da América, Colonização Americana, Imigração da Europa para o Novo Mundo, Guerra da Secessão, Regência, Revolução Francesa, Independência Americana, Napoleão, Colonização da África e da Oceania, período Vitoriano, Revolução Industrial, 1ª Guerra Mundial, Anos 20, Grande Depressão e até 2ª Guerra.
Por favor, eu sou a pessoa que leu uma biografia romanceada da Mona Lisa e decidiu que um dia iria a Florença (ainda não fui, mas irei).
Que, de tanto ouvir falar dos Três Mosqueteiros como referência de amizade, procurou o livro na biblioteca para ler.
E que encarou Orgulho e Preconceito porque todos diziam que era muito bom. E é.
(Apesar de #MadreHooligan insistir em chamar o Mr. Darcy de “Seu Darci” só pra me espezinhar)
Seja banca, seja livraria, seja clássico, eu realmente gosto de entrar na máquina do tempo e despencar em um lugar desses por horas ou dias. E muitas vezes, ler novamente para ter a experiência em outro momento da vida, com o olhar de quem eu era e de que quem sou então.
No fim das contas, sabe o que isso importa? Nada.
É o que ocorre aqui em casa. #MadreHooligan é a devoradora de romances de época. São os favoritos dela. Entre qualquer coisa contemporânea ou que se passe na Grã-Bretanha “de época”, adivinha o que some da minha pilha antes de eu terminar o “Não peg..”?
Ou que mistura os Bridgertons com os Bedwins com os De Burgh e os Hathaways (ela leu todas estas séries e eu ainda preciso terminar a última) e exige saber qual foi o livro que tinha todos eles e não acredita em mim quando digo que ainda não rolou esse crossover.
O pior é que às vezes ela solta spoiler.
Mesmo depois que eu expliquei pra ela o que é spoiler e porque eu não gosto dele. Mas ela diz que não se importa em saber o que acontece, então eu não devo me importar também.
Posso com isso? Lógico que não.
Quando ela exige saber o que acontece, às vezes, eu falo a verdade. Em outras, crio uma história totalmente diferente. E tem os dias que enrolo e não falo nada. Digo que a graça é descobrir.
Mãe pisciana e filha escorpiana leitoras compulsivas (ela está ganhando de goleada de mim neste ano) dá nisso.
Resumo da história que costurei nestas considerações?
Seja banca, histórico, de época não importa.
Quem gosta, lê.
Simples assim.
Feliz aniversário, Sempre Romântica! E a gente se encontra por aí, nas páginas de algum livro!
Bacci!
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Beta!
ResponderExcluirConcordo com você, banca, época ou histórico não importa, as histórias são ótimas e temos mesmo é que ler.
Bom ver que compartilha seu gosto pela leitura com sua mainha...e pelo visto, ela anda lendo mais que você...kkkk Bacana isso.
Adorei a forma como fez para dividir época de histórico.
Semaninha alegre e feliz!
“No fundo, morrer não seria nada. O que não suporto é não poder saber como terminará.” (A. Amurri)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.