Olá, pessoal! Tudo bem?
Me chamo José Mailson, sou nutricionista, estudante de letras pela UECE e colunista no blog Cooltural. Nos últimos dias, tenho pensado bastante sobre as questões relacionadas à representação feminina (especialmente na literatura) e um ponto me chamou bastante atenção: historicamente as mulheres foram e ainda são representadas hegemonicamente por homens. Assim, até que ponto o que se tem apresentado é real ou apenas fruto da imaginação ou desejo masculino? Foi em cima dessas e de outras questões que comecei a me interessar mais pela literatura escrita por mulheres e, a partir dai, percebi como nem tudo “é o que parece ser”.
Felizmente, o nosso desenvolvimento e amadurecimento social tem proporcionado, mesmo que em pequenas doses, a possibilidade de “liberdade de expressão” para as mulheres. Hoje é possível encontrarmos literatura feminina basicamente sobre todos os temas, desde aqueles ditos femininos até outros historicamente estereotipados como masculinos, como é o caso de política e esporte. Contudo, se você ainda possui um pensamento conservador e pergunta “porque mulheres querem falar de temas como esses?” Minha resposta é simples: Porque elas podem e devem falar sobre o que bem entenderem!
É claro que, na maioria das vezes que pensamos sobre literatura feminista somos direcionados às “clássicas” Simone de Beauvoir, Lygia Fagundes Teles, Virginia Woolf, (em pequenas doses) Jane Austen e as irmãs Brontë, entre outras, mas durante minhas investigações, percebi que as novas escritoras têm me atraído com tanta ou mais intensidade quanto as já citadas. E foi pensando nisso que hoje, aproveitando o mês de aniversário do Sempre Romântica, vim falar um pouco sobre a literatura “feminista/feminina” atual, tendo como foco as obras da autora Lilian Farias, por quem tenho uma admiração enorme.
Autora de três romances O Céu é Logo Ali, Mulheres Que Não Sabem Chorar e Desconectada, Lilian me conquistou ao trabalhar temas polêmicos e fortes de forma bem singular. Com uma escrita poética, a autora consegue envolver o leitor em tramas complexas e dolorosas, que nos fazem desejar que aquelas situações permanecessem apenas nas páginas dos seus livros. Temas como liberdade, amor, preconceito, (homo)sexualidade, violência sexual e simbólica, conflitos familiares e alcoolismo são bem explorados. Apesar desse caráter realista, quase jornalístico, presente na obra da autora, a qualidade literária é o que realmente me encanta. Recursos poéticos e linguísticos são estrategicamente organizados para que tenhamos ao mesmo tenho uma escrita densa e complexa (por conta dos temas) e leitura leve e, aparentemente, simples.
Lilian mantém um diálogo direto com o leitor ao logo de suas páginas, ora pela fala do narrador (através de questionamentos diretos) ora pelas dores e reflexões dos personagens. Não sei exatamente até que ponto essa empatia condiz que a dor real das personagens (reais e ficcionais), mas devo confessar que senti muito medo, raiva e dor durante as leituras, como se esses acontecimentos fossem comigo. E se apenas pela empatia já foi uma sensação desconfortável e marcante, imagina para quem passa por situações semelhantes ou piores que as descritas?
Aqui, me despeço um pouco apreensivo pela discussão provocada, mas feliz por problematizar algo que é importante para mim e, simultaneamente, por apresentar um pouco da literatura nacional contemporânea, feminina e feminista. Caso se interessem um pouco mais sobre a autora e suas obras, vocês podem encontrá-la tanto no Instagram e site quando no seu blog literário Poesia na Alma. Abraços e não deixem de visitar o Cooltural!
Me chamo José Mailson, sou nutricionista, estudante de letras pela UECE e colunista no blog Cooltural. Nos últimos dias, tenho pensado bastante sobre as questões relacionadas à representação feminina (especialmente na literatura) e um ponto me chamou bastante atenção: historicamente as mulheres foram e ainda são representadas hegemonicamente por homens. Assim, até que ponto o que se tem apresentado é real ou apenas fruto da imaginação ou desejo masculino? Foi em cima dessas e de outras questões que comecei a me interessar mais pela literatura escrita por mulheres e, a partir dai, percebi como nem tudo “é o que parece ser”.
Felizmente, o nosso desenvolvimento e amadurecimento social tem proporcionado, mesmo que em pequenas doses, a possibilidade de “liberdade de expressão” para as mulheres. Hoje é possível encontrarmos literatura feminina basicamente sobre todos os temas, desde aqueles ditos femininos até outros historicamente estereotipados como masculinos, como é o caso de política e esporte. Contudo, se você ainda possui um pensamento conservador e pergunta “porque mulheres querem falar de temas como esses?” Minha resposta é simples: Porque elas podem e devem falar sobre o que bem entenderem!
É claro que, na maioria das vezes que pensamos sobre literatura feminista somos direcionados às “clássicas” Simone de Beauvoir, Lygia Fagundes Teles, Virginia Woolf, (em pequenas doses) Jane Austen e as irmãs Brontë, entre outras, mas durante minhas investigações, percebi que as novas escritoras têm me atraído com tanta ou mais intensidade quanto as já citadas. E foi pensando nisso que hoje, aproveitando o mês de aniversário do Sempre Romântica, vim falar um pouco sobre a literatura “feminista/feminina” atual, tendo como foco as obras da autora Lilian Farias, por quem tenho uma admiração enorme.
Autora de três romances O Céu é Logo Ali, Mulheres Que Não Sabem Chorar e Desconectada, Lilian me conquistou ao trabalhar temas polêmicos e fortes de forma bem singular. Com uma escrita poética, a autora consegue envolver o leitor em tramas complexas e dolorosas, que nos fazem desejar que aquelas situações permanecessem apenas nas páginas dos seus livros. Temas como liberdade, amor, preconceito, (homo)sexualidade, violência sexual e simbólica, conflitos familiares e alcoolismo são bem explorados. Apesar desse caráter realista, quase jornalístico, presente na obra da autora, a qualidade literária é o que realmente me encanta. Recursos poéticos e linguísticos são estrategicamente organizados para que tenhamos ao mesmo tenho uma escrita densa e complexa (por conta dos temas) e leitura leve e, aparentemente, simples.
Lilian mantém um diálogo direto com o leitor ao logo de suas páginas, ora pela fala do narrador (através de questionamentos diretos) ora pelas dores e reflexões dos personagens. Não sei exatamente até que ponto essa empatia condiz que a dor real das personagens (reais e ficcionais), mas devo confessar que senti muito medo, raiva e dor durante as leituras, como se esses acontecimentos fossem comigo. E se apenas pela empatia já foi uma sensação desconfortável e marcante, imagina para quem passa por situações semelhantes ou piores que as descritas?
Aqui, me despeço um pouco apreensivo pela discussão provocada, mas feliz por problematizar algo que é importante para mim e, simultaneamente, por apresentar um pouco da literatura nacional contemporânea, feminina e feminista. Caso se interessem um pouco mais sobre a autora e suas obras, vocês podem encontrá-la tanto no Instagram e site quando no seu blog literário Poesia na Alma. Abraços e não deixem de visitar o Cooltural!
A Lilian é maravilhosa e "Mulheres que não sabem chorar" é leitura obrigatória para amantes do gênero e curiosos. Ótimo texto! Vamos problematizar sim!
ResponderExcluirMailson,parabéns pelo texto, e quando você diz que as mulheres podem e devem falar sobre o que bem entenderem! Achei show!!! Muitas pessoas ficam só com aquela ideia que mulher deve seguir uma linha de escrita. Ainda não conheço os livros da Lilian Farias, mas já anotei aqui na minha lista. Abraço!!!
ResponderExcluirMailson que texto show!
ResponderExcluirA Lilian é uma grata surpresa na lit nacional.
Adorei os seus parágrafos e sua análise de um modo geral.
<3
Olá Mailson!
ResponderExcluirEu não conhecia a autora, mas vou sim procurar mais sobre ela. Afinal, ter representatividade da literatura é muito bom. E, quando vem de um autor nacional devemos prestigiar ainda mais. Adorei o texto e a problematização.
Bjos!!!
Mailson!
ResponderExcluirO que mais achei interessante é justamente um exemplar do sexo masculino levantar o debate de um tema puramente feminino, parabéns para você por isso...
Infelizmente as pessoas tem a impressão que mulher escrevendo, qualquer tema, leve a romantização e não as impressões reais de determinado assunto ou estilo, o que não é verdade, concorda?
Não conhecia a autora e vou lá pesquisar as obras dela, porque achei que traz em seus livros temas importantes de serem abordados e se tem uma linguagem poética, me atrai ainda mais.
Adorei suas colocações e continue assim...
“Conhecimento sem transformação não é sabedoria.” (Paulo Coelho)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Sempre gosto de conhecer autores novos e se tiver um bom aval assim como o seu Mai, melhor ainda. Parabéns pelo post! Bjs
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