Dias desses ouvi alguém dizer o seguinte: “Estamos falando para um mundo cada vez menos”. Pensei: Que mundo é esse, senão nós? Olhando pelo prisma de que estamos nos tornando cada vez mais incomunicantes, a frase é oportuna. Hoje há mais tablados, púlpitos, microfones para quem quiser se comunicar. Em tese, falamos na via de muitos para muitos. Mas, paradoxalmente, temos presenciado a hegemonia dos monólogos. Parece que todos queremos os ouvidos da assistência ao mesmo tempo em que desprezamos a boca. Não queremos a réplica. Somente o nosso falar, falar e falar.
Costumo levar em conta a ideia de que cada consciência é um mundo à parte do meu. Ora encontro em outras consciências conexões e concordâncias e o meu mundo se amplia sem grandes traumas; ora o choque entre consciências se revela um total desconcerto. Diante de situações assim, sábio mesmo é não perder a integridade, sem grandes traumas. Não é fácil, pois tais choques geram tensões em nosso mundinho, não é mesmo? Mas, não é novidade: manter o equilíbrio à beira do abismo é uma contingência da qual ninguém está imune. Engana-se quem pensa que podemos passar por esse mundo sem angústia. Ela está incluindo no pacote, meus caros. Não a neguemos, pois nela há crescimento.
Porque a vida flui. E as angústias vão se dissolvendo no seguir vivendo. Logo outras vão chegando e se reunindo a nossa coletânea de experiências vividas e a viver. Nesse processo, não tente petrificar as suas inquietações sob pena de adoecer. O mundo não vai parar só porque você pensa que as coisas têm de ser assim e assado e pronto.Olha que coisa! A dissonância está inserida no fluir da vida.
Se não encontra as suas crenças respaldadas na pragmática vivencial do outro, não se apegue a si mesmo. Antes do discurso, demonstre-o. Vale muito mais o agir coerente com o discurso. Para terminar (vou ser rápida dessa vez), embora nos deparemos com percalços e inventemos soluções, não devemos perder de vista a retidão. Amo essa palavra. E aqui não há desvios, nem atalhos. Ou há retidão. Ou não há. O mundo pode ser mais. Pode ser menos. Mas, a retidão é o que é hoje sempre. Nem mais. Nem menos. Apenas retidão. Pura e íntegra.
E de resto, lembre-se: a palavra não dá conta do mistério que é o entendimento do outro. Pacifique-se.
Até a próxima!
Costumo levar em conta a ideia de que cada consciência é um mundo à parte do meu. Ora encontro em outras consciências conexões e concordâncias e o meu mundo se amplia sem grandes traumas; ora o choque entre consciências se revela um total desconcerto. Diante de situações assim, sábio mesmo é não perder a integridade, sem grandes traumas. Não é fácil, pois tais choques geram tensões em nosso mundinho, não é mesmo? Mas, não é novidade: manter o equilíbrio à beira do abismo é uma contingência da qual ninguém está imune. Engana-se quem pensa que podemos passar por esse mundo sem angústia. Ela está incluindo no pacote, meus caros. Não a neguemos, pois nela há crescimento.
Porque a vida flui. E as angústias vão se dissolvendo no seguir vivendo. Logo outras vão chegando e se reunindo a nossa coletânea de experiências vividas e a viver. Nesse processo, não tente petrificar as suas inquietações sob pena de adoecer. O mundo não vai parar só porque você pensa que as coisas têm de ser assim e assado e pronto.Olha que coisa! A dissonância está inserida no fluir da vida.
Se não encontra as suas crenças respaldadas na pragmática vivencial do outro, não se apegue a si mesmo. Antes do discurso, demonstre-o. Vale muito mais o agir coerente com o discurso. Para terminar (vou ser rápida dessa vez), embora nos deparemos com percalços e inventemos soluções, não devemos perder de vista a retidão. Amo essa palavra. E aqui não há desvios, nem atalhos. Ou há retidão. Ou não há. O mundo pode ser mais. Pode ser menos. Mas, a retidão é o que é hoje sempre. Nem mais. Nem menos. Apenas retidão. Pura e íntegra.
E de resto, lembre-se: a palavra não dá conta do mistério que é o entendimento do outro. Pacifique-se.
Até a próxima!
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