Akira é considerada a obra máxima de Katsuhiro Otomo, que teve seus mangás (quadrinho japonês), publicados na década de 80, no Japão, pela Young Magazine, e no Brasil, pela editora Globo nos anos noventa. A JBC detém os direitos da republicação, o que fará em breve, então essa será uma boa oportunidade para os que não conhecem passar a se inteirar desse magnífico mangá e os fãs antigos terminarem sua coleção, pois sua publicação não foi regular por aqui, o que nos fazia sofrer bastante. A edição brasileira era muito bem acabada por ser distribuída no mesmo formato americano, ou seja, colorida; ao contrário do Japão, onde o mangá, até onde eu sei, é preto e branco, eu acredito que ele será relançado como em seu país de origem. Mas nunca vi ninguém reclamar da qualidade de cor e capa que ele recebeu no ocidente. Eram belíssimas!
Continuando, a obra ficou mais conhecida no ocidente pelo longa animado que trazia inovações técnicas, não devendo a nenhuma da Disney, pelo contrário, era extremamente superior, isso lhe rendeu prêmios e criou escola Japão a fora, além de uma legião de fãs pelo mundo, e é difícil, ainda hoje, qualquer um não se admirar com sua qualidade. Com tamanho sucesso, não é de se descartar a possibilidade de um live action para o cinema. Quem sabe depois de Ghost in the Shell, a Sony não desengaveta a versão hollywoodiana do Akira.
A história é uma distopia, subgênero da ficção científica tão em voga hoje em dia, ou para os fãs de RPG (Role Playing Games), pode-se considerar um cyber punk. Ela tem início com uma grande explosão na cidade de Tóquio, Japão, que foi devastada, resultando na Terceira Guerra Mundial, e sendo reconstruída mais de trinta anos depois, tornando-se Neo-Tóquio. Do cenário futurista da moderna cidade, tem o início da trama, que no mangá, é linear, mas com flashsbacks antes da primeira explosão entregues a conta-gotas por personagens como o Coronel Shikishima e três outras enigmáticas e paradoxais, crianças velhas, fruto da mesma experiência do Akira, Masaru, Kiyoko e Takashi, entre outras no desenvolver do enredo.
Continuando, a obra ficou mais conhecida no ocidente pelo longa animado que trazia inovações técnicas, não devendo a nenhuma da Disney, pelo contrário, era extremamente superior, isso lhe rendeu prêmios e criou escola Japão a fora, além de uma legião de fãs pelo mundo, e é difícil, ainda hoje, qualquer um não se admirar com sua qualidade. Com tamanho sucesso, não é de se descartar a possibilidade de um live action para o cinema. Quem sabe depois de Ghost in the Shell, a Sony não desengaveta a versão hollywoodiana do Akira.
A história é uma distopia, subgênero da ficção científica tão em voga hoje em dia, ou para os fãs de RPG (Role Playing Games), pode-se considerar um cyber punk. Ela tem início com uma grande explosão na cidade de Tóquio, Japão, que foi devastada, resultando na Terceira Guerra Mundial, e sendo reconstruída mais de trinta anos depois, tornando-se Neo-Tóquio. Do cenário futurista da moderna cidade, tem o início da trama, que no mangá, é linear, mas com flashsbacks antes da primeira explosão entregues a conta-gotas por personagens como o Coronel Shikishima e três outras enigmáticas e paradoxais, crianças velhas, fruto da mesma experiência do Akira, Masaru, Kiyoko e Takashi, entre outras no desenvolver do enredo.
Agora farei um spoiler leve, e tenham certeza, não prejudicará em nada a experiência daqueles que querem ler o mangá ou assistir ao longa animado. Caso não queiram saber, pulem este parágrafo a partir de agora. Pronto?! Vamos lá. A explosão original foi causada por Akira ou número 28, que dentre as crianças era a mais poderosa, e a circunstância da explosão foi a morte de um homem ao seu lado alvejado com um tiro na cabeça. Por ser o mais poderoso e sensitivo dos telecineses, ele sentiu a dor do homem, perdendo o controle de seu poder, gerando uma explosão que engoliu grande parte da cidade.
Voltando sem spoiler. Conforme dito acima, Akira ou número 28 (desculpa a redundância) era tido como a criança mais poderosa desse programa governamental para transformá-los em armas, e seu desaparecimento após a guerra o fará cair no esquecimento.
Muitos anos depois, após a reconstrução de Neo-Tokio, ocorria no submundo dos contrabandos à venda de uma droga conhecida por pílula, que dava momentaneamente poderes telecinéticos aos seus usuários, e o nível de proeza alcançado dependia do organismo de cada pessoa. Outros não precisavam da droga para essa experimentação, devido a sua fisiologia cerebral lhes proporcionarem a capacidade de canalizar o poder de um telecinese mais forte, tornando-se uma espécie de avatar de quem o controlava a distância, é o caso de uma personagem relevante chamada Kei ou Kay, namorada de Kaneda Shotaro, líder de uma gangue de motoqueiros.
Voltando sem spoiler. Conforme dito acima, Akira ou número 28 (desculpa a redundância) era tido como a criança mais poderosa desse programa governamental para transformá-los em armas, e seu desaparecimento após a guerra o fará cair no esquecimento.
Muitos anos depois, após a reconstrução de Neo-Tokio, ocorria no submundo dos contrabandos à venda de uma droga conhecida por pílula, que dava momentaneamente poderes telecinéticos aos seus usuários, e o nível de proeza alcançado dependia do organismo de cada pessoa. Outros não precisavam da droga para essa experimentação, devido a sua fisiologia cerebral lhes proporcionarem a capacidade de canalizar o poder de um telecinese mais forte, tornando-se uma espécie de avatar de quem o controlava a distância, é o caso de uma personagem relevante chamada Kei ou Kay, namorada de Kaneda Shotaro, líder de uma gangue de motoqueiros.
Tetsuo Shima, um jovem alienado integrante dessa mesma gangue, começa a desenvolver seu poder psicocinético de forma espantosa sem o auxílio da droga, o que chamará a atenção do exército japonês, que o perseguirá na tentativa de se evitar outra catástrofe semelhante àquela de décadas atrás.
Nesse ínterim, Kaneda que tem Tesuo como um irmão, num primeiro momento tenta resgatar o amigo que nutre um misto de inveja e admiração por ele, todavia, o poder de Tetsuo lhe sobe literalmente à cabeça, tornando-se inimigos e tentando se matar mutuamente. Como se não bastasse tudo isso, Tetsuo tem conhecimento sobre o não mais esquecido Akira, que ele passa a procurar enfrentando o exército ou quem se meta em seu caminho.
No mangá, a história se alonga por uma Neo-Tóquio devastada num momento posterior, surgindo fanáticos religiosos, gangues que se utilizavam das pílulas para oprimir os rivais, grupos dissidentes das forças armadas, entre muitos outros que formam a cada momento um núcleo bem interessante no decorrer da história. Aliás, as personagens femininas, nada deixam a desejar aos homens, sejam em força ou inteligência, há inclusive um grupo composto essencialmente de mulheres armadas.
Na animação, teremos um resumo, em linhas gerais, dos últimos capítulos do quadrinho, e deixa de fora personagens carismáticas que não apareceram, é o caso do tenente Yamagata, que pra mim teve um dos melhores arcos na história; outros não tiveram a chance de ter explorada sua importância, é o caso da Lady Miyako, uma líder religiosa que teve uma aparição relâmpago.
A sugestão da animação é muito válida. Para aqueles que leram meu post sobre Ghost in the Shell, eu mencionei que aquela animação não era de fácil assimilação, mas no caso dessa, ela é bem tranquila de ser entendida, talvez você possa achar um pouco corrida, o que não será nada de mais.
Engraçado, que antes de eu conhecer o mangá, pensava que o Kaneda era o Akira devido a sua imagem com o rifle laser ou em sua motocicleta ser amplamente divulgada com o título, então, não caia na mesma armadilha que eu. Akira é uma criança, quase um mito, e o rapaz invocado de jaqueta e calça vermelha, é o Kaneda.
Nesse ínterim, Kaneda que tem Tesuo como um irmão, num primeiro momento tenta resgatar o amigo que nutre um misto de inveja e admiração por ele, todavia, o poder de Tetsuo lhe sobe literalmente à cabeça, tornando-se inimigos e tentando se matar mutuamente. Como se não bastasse tudo isso, Tetsuo tem conhecimento sobre o não mais esquecido Akira, que ele passa a procurar enfrentando o exército ou quem se meta em seu caminho.
No mangá, a história se alonga por uma Neo-Tóquio devastada num momento posterior, surgindo fanáticos religiosos, gangues que se utilizavam das pílulas para oprimir os rivais, grupos dissidentes das forças armadas, entre muitos outros que formam a cada momento um núcleo bem interessante no decorrer da história. Aliás, as personagens femininas, nada deixam a desejar aos homens, sejam em força ou inteligência, há inclusive um grupo composto essencialmente de mulheres armadas.
Na animação, teremos um resumo, em linhas gerais, dos últimos capítulos do quadrinho, e deixa de fora personagens carismáticas que não apareceram, é o caso do tenente Yamagata, que pra mim teve um dos melhores arcos na história; outros não tiveram a chance de ter explorada sua importância, é o caso da Lady Miyako, uma líder religiosa que teve uma aparição relâmpago.
A sugestão da animação é muito válida. Para aqueles que leram meu post sobre Ghost in the Shell, eu mencionei que aquela animação não era de fácil assimilação, mas no caso dessa, ela é bem tranquila de ser entendida, talvez você possa achar um pouco corrida, o que não será nada de mais.
Engraçado, que antes de eu conhecer o mangá, pensava que o Kaneda era o Akira devido a sua imagem com o rifle laser ou em sua motocicleta ser amplamente divulgada com o título, então, não caia na mesma armadilha que eu. Akira é uma criança, quase um mito, e o rapaz invocado de jaqueta e calça vermelha, é o Kaneda.
Essa obra foi de grande influência no final do século XX, tanto que não é difícil você encontrar numa busca pela internet ou no YouTube, imagens e vídeos da motoca estilizada do Kaneda, criada por fãs ou pela indústria como propaganda de sofisticação e design, confiram, e vejam com os próprios olhos.
O sucesso de Akira foi tamanho, que influenciou muitas histórias de tema relacionado, inclusive por aqui houve uma novela similar, que eu não vou mencionar o nome, para não ser acusado de calúnia.
Espero que tenham gostado e se verem os quadrinhos nos sebos, compre-os, e os anuncie. Para um colecionador ávido, ele pode valer um bom dinheiro.
See u in space.
O sucesso de Akira foi tamanho, que influenciou muitas histórias de tema relacionado, inclusive por aqui houve uma novela similar, que eu não vou mencionar o nome, para não ser acusado de calúnia.
Espero que tenham gostado e se verem os quadrinhos nos sebos, compre-os, e os anuncie. Para um colecionador ávido, ele pode valer um bom dinheiro.
See u in space.
Oi Koudan, tudo bem?
ResponderExcluirJá devia ter comentado aqui antes. Adorei a resenha, como sempre.
Akira é uma obra-prima, e aqui falo do filme. Infelizmente nunca tive a oportunidade de ter/ler os quadrinhos publicados por aqui pela editora globo, as poucas cópias que já vi ou folheei, já tinham seus donos-colecionadores ou estava salgadas demais. Eu espero que a JBC faça um trabalho bacana por aqui (eu confio neles, rs).
Mas Akira, ao lado de Ghost in the shell, são bases obrigatórias para qualquer discussão de gênero cyberpunk.
Mais uma vez obrigado por trazê-lo como pauta, espero que mais pessoas possam assistir, já que agora ambos estão disponíveis na Netflix.
Sobre seu espaço aqui, eu gosto demais. Infelizmente não consigo comentar como gostaria, por causa do tempo já que as leituras são encaixadas nos tempinhos vagos, mas tenho acompanhado e lido tudo que vc tem postado.
Abraços!
Ademar Júnior
https://coolturalblog.wordpress.com/
Olá, Koudan!
ResponderExcluirPelo que lembro, a JBC sempre foi de publicar os mangás no formato original, em preto e branco e com a leitura da esquerda para direita. Mas vi no site da própria JBC que eles tem um selo chamado Ink Comics, voltado para HQ a cores e de tipos diferentes dos publicados pela JBC, ou seja, há chances de Akira sair a cores, mas seria por esse selo.
O curioso de Akira é ver o governo japonês tão louco atrás de Tetsuo como se ele fosse uma bomba ambulante e nem percebe que o verdadeiro perigo de um novo Akira vem do submundo das drogas. Nada muito diferente do que se vê até mesmo no Brasil...
Ah, posso dar um palpite sobre essa novela que você citou,mas também não vou citar o nome só mesmo os autores. Essa novela é de Antonio Calmon, mas tinha como um de seus co-autores Tiago Santiago, que anos depois iria escrever uma novela para a Record sobre mutantes e superpoderes, assim com a telecinese, chamada Caminhos do Coração e que teve duas continuações, Os mutantes e uma cujo nome eu esqueci. Essas novelas são consideradas trash por causa dos efeitos especiais e CGI de péssima qualidade, ou seja, desde dessa novela que você citou já tinha uma vontade de se aprofundar nesse universo de conspirações e poderes inspirados por quadrinhos e mangás.
Um abraço!