Olá pessoal, acredito que este post agradará os otakus de plantão ou aos amantes de boas histórias vindas da terra nipônica, afinal, não importa de onde elas venham, se bem contadas, é chance de sucesso! Nos últimos dias, foi divulgada a foto da atriz Scarlett Johansson (a Viúva Negra dos Vingadores), como uma das personagens cibernética mais interessante da cultura pop, a major Kusanagi Motoko, sim, vamos falar da célebre obra do artista japonês Masamune Shirow, Ghost in the Shell.
A proposta de leitura é do mangá (quadrinho japonês) que será lançado no Brasil pela editora JBC, então se você é daqueles que curte belas capas e boas histórias em sua estante, reserve uma graninha para essa bela obra de ficção científica do século vinte. Ou se ficou curioso demais para esperar o lançamento, assista as animações igualmente boas. Está disponível no Netflix uma delas, a primeira, e em suma, é sobre ela que falarei.
Deu nó no cérebro? Pois é, da primeira vez que assisti a animação, não entendi quase nada, por se tratar de um resumo do mangá. E que isso sirva de alerta para os interessados, pois no geral, temos em nosso país uma noção equivocada sobre desenhos animados serem coisa apenas para crianças, um dos motivos que nos torna carente dessa indústria muito promissora e consumidores vorazes do que vem de fora. Pois bem, os diálogos desse filme animado são em sua quase totalidade provocações existencialistas, sem deixar nada a dever para qualquer aula de filosofia.
A trama se aprofunda com a investigação da polícia do Setor 9, da qual a major faz parte, sobre um tal mestre dos fantoches, um hacker misterioso que contamina ciborgues, apagando as memórias humanas e os tornando “criminosos”. Preciso tomar cuidado aqui para não dar spoilers, então apenas direi que esse suposto inimigo, é muito bem bolado como diria o Silvio Santos.
Gostaria de fazer um adendo, muitas pessoas não prestam muito atenção nisso, mas acho que vai facilitar o entendimento não só para este post, como para outros ou até para a vida de muitos, sem querer ser pretensioso. É sobre a distinção de: robô, androide e ciborgue. Não são termos sinônimos, e isso por vezes passa despercebido por alguns.
Entenda robô como qualquer instrumento mecânico para finalidade específica, não necessariamente tem de ser elétrico, o que nos dá uma possibilidade semântica bem ampla para o uso dessa palavra, como um moinho de vento, por exemplo, e o clássico robô do tipo R2 D2 de Star Wars; androide seria um robô humanoide, então o C3 PO dessa mesma franquia ilustra bem; e por fim, o ciborgue que, necessariamente tem de conter partes humanas, no caso dessa história, a alma ou fantasma dentro da concha, como é numa tradução livre de seu título do inglês, constitui o elemento humano.
A primeira animação possui efeitos datados para nossos olhos acostumados ao 3D e CGI, mas não será um ruído, muito pelo contrário, é primorosa ainda hoje e você irá se admirar com certeza. Há outras animações: Ghost in the shell arise – Border e Ghost in the shell alternativa - Architecture e a última de 2015, visualmente mais moderna, além dos inúmeros jogos para diferentes consoles.
Vamos para nossa leitura de inferência.
O tema pode ter sido muito explorado no decorrer dos anos noventa e dois mil em várias mídias, principalmente com a trilogia Matrix dos irmãos Wachowski e o último Ex-machina, de Alex Garland, dando-nos a sensação de que não há nada de novo nessa história, o que não é verdade.
Assim como um dos livros que deu origem ao universo de Matrix, Neuromancer, de William Gibson, também da década de oitenta, Ghost in the Shell, é um bom exemplo de história surgida nesse período que aborda de forma original, a famigerada ideia de uma vida virtual e existencialismo artificial, e esperamos que no cinema seja bem retratada.
Por fim, nos anos setenta para oitenta, as inovações da informática e dos satélites modernos resultaram no boom da comunicação com a popularização da internet, fazendo daqueles anos de roupas coloridas e combinações berrantes para os padrões de hoje, o contexto propício para essas obras florescerem.
Isso é tudo por essa semana, qualquer dúvida, críticas, deixem nos comentários.
E para atiçar ainda mais, eis que segue o trailer do filme que estreia em 2017.
See you in space cowboy.
Já quero ler o manga, sou fã do estilo, amo!! Indo agora mesmo procurar online. Hehehehe
ResponderExcluirO post ficou perfeito, aumentou a minha curiosidade pra leitura. Xeru ;)
Olá Simone. Que bom que gostou. Logo logo farei sobre outro mangá famoso.
ExcluirEu vi a foto sobre o filme e a sinopse fiquei curiosa para saber mais desse personagem manga que a Scarlett irá interpretar. Espero que seja muito bom e vou procurar mais saber sobre a história dela.
ResponderExcluirAdorei a post!!
• Senhorita Inspiradora
Olá. Acredito que você gostará sim da história, valeu, obrigado.
ExcluirOlá =D
ResponderExcluirPrimeiramente confesso que o único mangá que li foi da Turma da Mônica Jovem kkk quando eu era um pouco mais nova,mas eu gostei apenas por ser da Turma do Mônica,não pelo mangá em si,pois em questão de leitura,esse estilo não me atrai sabe :/ apesar de achar super interessante,ainda mais que quando eu estudava no 3° ano,tinha um amigo que era viciado em mangá e fazia uns desenhos muitooo legais desse universo!!!
Mas a minha filosofia é sempre assim: o que eu não gosto de ler geralmente eu não tenho problema nenhum em assistir rs então esses enredos mais futuristas, abordando inteligências artificiais,com robôs e tudo mais,não é algo que me atraia em leitura,mas em filmes sim,pois preciso de algo interativo e dinâmico para me sentir "dentro" desse universo,e consequentemente apreciar...
Ah,você citou dois fatos que eu achei super interessante:
- a distinção entre robô,androide e ciborgue. Eu realmente achava que era tudo a mesma coisa,ainda mais que não sou ligada nesse universo futurístico rs Bom saber que tem,e quais são essas diferenças!
- A questão de o mangá desmitificar aquele rótulo de desenhos animados serem só para crianças,ohhh é realmente um grande êxito!! E isso que você falou é super verdade,pois um amigo da minha melhor amiga da faculdade,passa horas e horas assistindo mangá,e ele com certeza não é criança!!
Gostei muito das suas discrições,e apesar de não ser um mundo que me atraia totalmente,reconheço o encantamento dele!
Abraços.
Olá Daniele. Antes de mais nada, gostaria de te agradecer pelo comentário, gostei bastante. Talvez se você fosse tocada por uma história, tanto do mangá quanto do anime, você poderia se interessar mais pelo gênero. Grande abraço.
ExcluirConfesso que não costumo ler mangá, mas costumo assistir animações baseadas neles, e fiquei bastante curiosa em relação ao longa animado baseado em Ghost in lhe Shell; vou dá uma pesquisada para ver se encontro mais informações sobre o longa animado, quem sabe eu dê sorte e consiga assistir e assim também me dê vontade de ler o mangá...
ResponderExcluirAh, valeu pelas explicações dos termos robô, androide e ciborgue, como não costumo ler ficção científica não estou familiarizada com o significado e diferença desses três termos.
Abraços!
Ou Any. Pode ficar um pouco confusa no início, por ser um resumo, mas ainda sim creio que você vai gostar. Eu é que agradeço seu comentário. Até a próxima.
ExcluirAcho que você leu as minhas preces quando eu estava desesperada procurando um novo manga pra ler e esse post caiu perfeitamente, agradecendo por esse post perfeito e partiu procurar mais sobre esse manga.
ResponderExcluirOlá Rissia. Haverá uma outra sugestão, aguarde.
ExcluirOlá, Koudran!
ResponderExcluirVi também essa foto do filme de Ghost in the shell e isso me fez pensar muito que a Scarlett Johansson está gostando muito de história de ação, mas que também questionam um pouco até que ponto vai a nossa humanidade. Isso porque um dos meus filmes favoritos é Lucy, o filme mais recente de Luc Besson, onde a Scarlett dá vida ao personagem titulo. No filme, ela acaba sendo uma mula de uma droga que estimula o cérebro a ponto aumentar a porcentagem do cérebro que os humanos conseguem controlar, que é de 10%. Mesmo não tendo a temática robótica e sendo mais um filme de ação, o final dele, assim como Ghost in the shell, questiona até que ponto vai a nossa humanidade. E estou tentando explicar sem dar spoilers sobre o fim, que é chocante. Em ambos há esse questionamento se uma pessoa para ser humana precisa seguir um padrão fisiológico/metal ou a humanidade está mais ligada a valores e ideias do que aos padrões que sempre usamos para classificar as coisas e pessoas sem ao menos ter noção disso.
E num mundo em que se ouve muito sobre exoesqueletos e de vidas virtuais não só em games, mas sim no fato se presentar online como uma pessoa e fora da internet ser uma outra, os questionamento feitos pelo mangá continuam atuais e até mesmo mais reais do que antes.
E que venha a edição da JBC, que consegue respeitar esse estilo do mangá com obras desde das mais clássicas até as mais modernas, com mais um trabalho impecavel.
Um abraço!
lá Letiovile. Eu também gostei de Lucy e aquele final foi inesperado. A atriz realmente parece gostar dessa temática. Obrigado pelo seu comentário e eu concordo contigo, não importa qual seja a mídia, esse tema continua atual.
ResponderExcluirAbraço e até a próxima.
Koudan!
ResponderExcluirNem dá para criticar, afinal, não sou especialista em mangás e para falar a verdade, nem conhecia esse, mas gostei muito do trailer do filme e de todas suas explanações, além de gostar muito da Sacarlet.
Vou querer assistir.
“É melhor saber coisas inúteis do que não saber nada.” (Sêneca)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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