Cada vez mais os autores nacionais me enchem de alegria com suas histórias, por mais singelas ou simples que sejam. Dessa vez, eu falo de A casa da cerca branca, de Mara Giacomeli, uma história tão gracinha que terminei a leitura com um sorriso no rosto e aos suspiros.

A delicadeza dessa história nos faz ver o quanto os nossos autores têm para mostrar, e mesmo em poucas páginas e com uma escrita quase dinâmica, Mara conseguiu passar sua ideia de um romance singelo, com personagens simples e que deixam o leitor grato por ter iniciado a leitura.

Claro que a autora não tem pretensão de que seu livro seja visto como um best-seller e tudo o mais, mas olha, sua ideia de romance deixou algumas histórias a ver navios, viu?!

Temos aqui um romance que se passa tanto nos dias atuais como no passado. São quatro personagens que vale a pena conhecer e que são unidos por acaso do destino.

Tudo começa quando Sarah encontra largado em um sebo, um livro com uma dedicatória e um bilhete que atiça sua curiosidade. O que você faria no lugar dela? Você tentaria encontrar a pessoa dona do livro ou o deixaria lá onde está e seguiria seu caminho?! Se sua resposta foi a segunda opção sinto dizer que você é um desalmado. Como uma dedicatória tão singela e, que deixa uma dúvida no ar, não atiça sua curiosidade? Como não querer descobrir quem são as pessoas envolvidas, se ainda vivem ou se encontraram? Eu particularmente não esperaria muito tempo, iria à caça imediatamente. E foi isso que Sarah fez. Porém, ela não imaginava que aquele fato poderia ser apenas o destino tecendo suas teias e que ela iria se deparar não apenas com os protagonistas de uma história de amor, como também com Alex, um rapaz que fez seu coração disparar apenas com um olhar.

Eis então que a cada novo capitulo descobrimos mais sobre os personagens do passado Christine e Charles, e como foi bom conhecê-los. Temos então duas histórias se entrelaçando ao longo da narrativa. E claro não poderia deixar de dizer o quanto é fácil a leitura, como a autora escreve de forma simples, sem delongas, sem perdas de tempo. E somos lançados num turbilhão de emoções e sensações que fica difícil interromper a leitura. Lembrou-me dos romances de banca que me deixavam enlouquecida com sua dinâmica e a vontade de terminar logo a leitura. Até daria a autora a dica de sentar, repensar e se aprofundar mais na caracterização dos personagens, detalhar mais os cenários, com a certeza que dariam mais umas 100 páginas de história, que seriam muito bem-vindas.

Acho que já dissertei tudo que podia sobre a história, mas quero deixar claro que apesar da dica acima, mesmo com apenas 202 páginas a história é completinha, super rápida de ler e sem muita enrolação. Alguns fatos mereciam um desenvolvimento maior, isso é fato, e acredito que deixaria trama até mais envolvente, mas acho que se pegar no geral, tudo se encaixa e ficou na medida certa.

Uma recomendação que faço com prazer: leia nacionais e você não irá se arrepender!