Há três anos, Adrienne Willis perdeu as esperanças no amor quando o marido a trocou por uma mulher mais jovem. Tendo que cuidar sozinha dos três filhos adolescentes e do pai doente, ela acha que nunca será capaz de recuperar a autoestima e a vontade de viver. Por isso, quando sua amiga Jean precisa fazer uma pequena viagem e lhe pede que tome conta de sua pousada, ela vê uma oportunidade para mudar de rotina. A previsão de tempestade iminente, no entanto, faz com que os próximos dias não pareçam muito promissores. Pelo menos até a chegada de Paul Flanner, o único hóspede com reserva para o fim de semana prolongado.
Aos 54 anos, Paul é um cirurgião bem-sucedido que enfrenta fantasmas parecidos com os de Adrienne. Nos últimos seis meses, a esposa pediu o divórcio e ele rompeu relações com o filho. Ao ver sua vida perder o rumo, Paul decidiu vender a clínica e a casa e ir à pequena cidade de Rodanthe para encerrar um doloroso capítulo de seu passado.
Logo Paul e Adrienne começam a descobrir suas afinidades e a se aproximar cada vez mais. Ao longo do fim de semana, a tempestade que toma conta de Rodanthe finalmente chega ao fim, mas o que nasce entre eles ressoará pelo resto de suas vidas, entrelaçando passado e futuro e dando um novo significado às palavras amor e perda.
Esse é um livro sobre duas pessoas que durante muitas décadas, não viveram, apenas sobreviveram. Até ficarem ilhados em uma pousada durante um final de semana prolongado repleto de tempestades. Mas estou me adiantando. Antes de chegarmos à parte romântica da história, temos que conhecer seus protagonistas.
Após o marido abandoná-la por uma mulher mais jovem, Adrienne fazia tudo no automático: ia ao trabalho de meio período, cuidava dos afazeres de casa, pagava as contas, ajudava os filhos com seus deveres escolares, visitava o pai doente. Ela apenas notava os anos passando à medida que seus filhos saíam da infância e entravam na difícil fase da adolescência, um após o outro.
Adrienne nem se preocupava com seu visual. Muito menos com homens. E, para ela, parecia que eles também não a notavam. Até conhecer Paul.
Paul teve de trabalhar desde jovem, ajudando seu pai na fazenda que lhes garantia a sobrevivência. Depois, conseguiu bolsa de estudos para fazer Medicina. Estudava longas horas, sempre estava preso a um livro, e nos seus anos de faculdade, ele não conhecia a palavra “diversão”.
Acabou por se tornar um dos maiores cirurgiões de sua cidade, o que lhe permitiu oferecer uma vida de conforto à mulher e o filho. Mas seu vício no trabalho, suas horas intermináveis entre o consultório e as cirurgias, fizeram com que ele fosse praticamente um estranho em seu próprio lar.
Apenas notou o valor do que tinha em casa quando tudo perdeu: o filho que mal o reconhecia como pai; e a mulher que dele se divorciou, casando-se com outro em seguida. Todos pareciam estar felizes com suas respectivas decisões, mas Paul conseguia sentir apenas uma coisa: arrependimento.
E foi uma bela coincidência do destino que levou Adrienne e Paul à mesma pousada no mesmo período. E aquelas noites de tormenta mudariam seus futuros para sempre. A partir de então, não era mais suficiente para nenhum deles a mera sobrevivência. Finalmente, Adrienne e Paul aprenderiam a viver.
Há muitas coisas que eu desejo hoje em dia, mas, acima de tudo, queria que você estivesse aqui. É estranho, porque não consigo me lembrar da última vez que chorei antes de conhecê-la. Agora parece que as lágrimas vêm facilmente... Mas você tem um modo de fazer com que meus momentos de tristeza pareçam valer a pena, de explicar as coisas de uma forma que diminui a minha dor. Você é um tesouro, uma dádiva, e quando estivermos juntos de novo vou abraçá-la até meus braços ficarem fracos e eu não conseguir mais sustentá-los. Pensar em você é às vezes a única coisa que me faz seguir em frente.
Como sempre Nicholas nos traz uma bela história, contada de forma simples, acessível e emocionante. É impossível não sentir empatia por seus protagonistas.
No entanto, tenho que comentar uma coisa: apesar do desenvolvimento dos personagens e de suas histórias ter sido na medida certa, acho que o as Noites de Tormenta poderiam ser um pouco mais longas...
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Laís é autora do livro Primeiras Impressões, uma adaptação moderna de Orgulho e Preconceito.
Laís!
ResponderExcluirPara mim é um dos melhores livros do Nicholas...
Totalmente encantada pela história, pelo romantismo e pelo romance tórrido em noites chuvosas.
Assisti o filme também com meu maravilhoso Richard Gere, amo!
“Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.” (Fernando Pessoa)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Bem eu sou suspeita a falar sobre o tio Nick, pois adoro os livros dele ele tem um toque ao fazer seus livros que sempre me deixa arrepiada. Esse livro em especifico eu ainda nao tive a oportunidade de ler infelizmente, mas esta na lista para 2016.
ResponderExcluirOlá, Lais!
ResponderExcluirEu tenho em casa a versão com a capa do filme com o Richard Gere, mas foi mimha mãe que leu ele primeiro. E por isso, concordo com a sensação de o livro ser breve, pois é um dos mais curtos do Nicholas, senão o mais curto.
Mas mesmo assim, a história dessas pessoas se cruzando é tocante, mesmo tendo o final trágico que os livros do Nick costumam ter.
Um abraço!