Até que ponto você estaria disposto a se sacrificar por amor?
Mara Nichols é uma advogada bem-sucedida, esposa e mãe dedicada. Ela está doente. Uma doença devastadora. Ela precisa colocar um fim ao sofrimento dos últimos tempos. Scott Coffman é um professor do ensino fundamental que precisa cuidar de um garoto de oito anos enquanto a mãe do menino cumpre pena na prisão. Mara e Scott têm apenas cinco dias para dizer adeus àqueles que amam. Essa talvez seja a maior prova de amor que poderiam dar a essas pessoas.
Timmer, Julie Lawson. Cinco Dias. Tradução: Ana Paula Corradini. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2015. 368p. Título original: Five days left.
Essa é, com certeza, uma história que posso classificar como “meu número”, ou seja, um livro com um drama que faz o coração palpitar, que deixa o leitor em constante expectativa, mas, acima de tudo, que traz uma lição que a vida real, às vezes, nos poupa.
Cinco dias nos conta a história de Mara e Scott, dois personagens que nunca se viram, seu único contato é através de um fórum de pessoas que buscam ajuda de anônimos para seus problemas. Mara buscou o fórum quando adotou sua filha Laks e precisava de pessoas que lhe dessem uma mão para enfrentar as complicações que isso podia acarretar; já Scott chegou ao fórum quando acolheu o pequeno Curtis, ele ficaria com o menino durante o ano em que sua mãe estaria presa. Com o tempo laços de amizade se formaram e o fórum acabou se tornando um lugar seguro para desabafar, onde buscar apoio sobre outros assuntos da vida e muito mais.
Esses dois personagens têm apenas cinco dias, numa contagem regressiva torturante.
Mara tem uma doença degenerativa chamada Doença de Huntington, que vai lhe matar. Ela toma, então, uma difícil decisão: vai tirar a própria vida, e para isso estipulou um dia. Scott só tem mais cinco dias com Curtis até sua mãe sair da prisão e levar o menino embora. Dois dramas diferentes, duas histórias contadas de forma a deixar o leitor — a cada nova página virada —, em busca de respostas e de soluções.
Para muitos a decisão que Mara tomou pode parecer egoísta: “Ela não quer sofrer as consequências de sua doença, não suporta ser vencida pela incapacidade, jamais aceitaria depender dos outro". Porém, Mara é a personagem menos egoísta e mais abnegada que já tive o prazer de conhecer. Sua decisão é apenas para poupar seus entes queridos da dor, poupar o marido de viver ao lado de uma mulher incapaz até de usar o banheiro; poupar a filha de chegar ao ponto de sentir vergonha da mãe, poupar os pais de abrirem mão do resto de suas vidas para cuidar dela; poupar as amigas de terem que cumprir um ritual de visitas constrangedoras.
Já Scott é o tipo de pessoa que tem tanto amor para dar que sofre quando não pode fazê-lo. Ele tem uma família, uma esposa e, em breve, uma filhinha, mas não consegue deixar de amar incondicionalmente seu “filho” temporário, e não consegue imaginar sua vida sem ele.
Uma história contada sob dois pontos de vistas, um livro cheio de questões que deixam o leitor se questionando o tempo todo. Não deve ser fácil morrer e não ter tempo de se despedir, de resolver pendências, mas agora acredito que deve ser mais fácil assim, deve ser torturante programar o fim, se despedir das pessoas sem que elas saibam que é uma despedida, organizar as coisas, deixar cartas e dicas de sobrevivência com a sua ausência. Eis aí que surgem várias questões e perguntas: Somos tampouco gratos por sermos o que somos, por termos uma vida tranquila, por sermos saudáveis. Transformamos um pequeno fato corriqueiro em algo imenso e às vezes até trágico, enquanto muitos sofrem com doenças incuráveis, perdas insuportáveis e tanta coisa que nem ousamos imaginar.
Com certeza Cinco Dias irá fazer o leitor refletir, irá dar aquele minuto para pensar, para ponderar o que somos ou temos, e para agradecer. Agradecer pelas mínimas coisas, por cada novo amanhecer, pelo sol, pela lua, pelo abraço e por coisas que nem pensamos ser valioso e que se tornará indispensável depois dessa leitura.
Foi um prazer conhecer Mara e Scott, foi um prazer a leitura de Cinco Dias, um grande prazer conhecer a escrita dessa nova autora, que tem tudo para entrar no rol das minhas queridinhas do drama. Recomendo e indico a leitura.
Cinco dias nos conta a história de Mara e Scott, dois personagens que nunca se viram, seu único contato é através de um fórum de pessoas que buscam ajuda de anônimos para seus problemas. Mara buscou o fórum quando adotou sua filha Laks e precisava de pessoas que lhe dessem uma mão para enfrentar as complicações que isso podia acarretar; já Scott chegou ao fórum quando acolheu o pequeno Curtis, ele ficaria com o menino durante o ano em que sua mãe estaria presa. Com o tempo laços de amizade se formaram e o fórum acabou se tornando um lugar seguro para desabafar, onde buscar apoio sobre outros assuntos da vida e muito mais.
Esses dois personagens têm apenas cinco dias, numa contagem regressiva torturante.
Mara tem uma doença degenerativa chamada Doença de Huntington, que vai lhe matar. Ela toma, então, uma difícil decisão: vai tirar a própria vida, e para isso estipulou um dia. Scott só tem mais cinco dias com Curtis até sua mãe sair da prisão e levar o menino embora. Dois dramas diferentes, duas histórias contadas de forma a deixar o leitor — a cada nova página virada —, em busca de respostas e de soluções.
Para muitos a decisão que Mara tomou pode parecer egoísta: “Ela não quer sofrer as consequências de sua doença, não suporta ser vencida pela incapacidade, jamais aceitaria depender dos outro". Porém, Mara é a personagem menos egoísta e mais abnegada que já tive o prazer de conhecer. Sua decisão é apenas para poupar seus entes queridos da dor, poupar o marido de viver ao lado de uma mulher incapaz até de usar o banheiro; poupar a filha de chegar ao ponto de sentir vergonha da mãe, poupar os pais de abrirem mão do resto de suas vidas para cuidar dela; poupar as amigas de terem que cumprir um ritual de visitas constrangedoras.
Já Scott é o tipo de pessoa que tem tanto amor para dar que sofre quando não pode fazê-lo. Ele tem uma família, uma esposa e, em breve, uma filhinha, mas não consegue deixar de amar incondicionalmente seu “filho” temporário, e não consegue imaginar sua vida sem ele.
Uma história contada sob dois pontos de vistas, um livro cheio de questões que deixam o leitor se questionando o tempo todo. Não deve ser fácil morrer e não ter tempo de se despedir, de resolver pendências, mas agora acredito que deve ser mais fácil assim, deve ser torturante programar o fim, se despedir das pessoas sem que elas saibam que é uma despedida, organizar as coisas, deixar cartas e dicas de sobrevivência com a sua ausência. Eis aí que surgem várias questões e perguntas: Somos tampouco gratos por sermos o que somos, por termos uma vida tranquila, por sermos saudáveis. Transformamos um pequeno fato corriqueiro em algo imenso e às vezes até trágico, enquanto muitos sofrem com doenças incuráveis, perdas insuportáveis e tanta coisa que nem ousamos imaginar.
Com certeza Cinco Dias irá fazer o leitor refletir, irá dar aquele minuto para pensar, para ponderar o que somos ou temos, e para agradecer. Agradecer pelas mínimas coisas, por cada novo amanhecer, pelo sol, pela lua, pelo abraço e por coisas que nem pensamos ser valioso e que se tornará indispensável depois dessa leitura.
Foi um prazer conhecer Mara e Scott, foi um prazer a leitura de Cinco Dias, um grande prazer conhecer a escrita dessa nova autora, que tem tudo para entrar no rol das minhas queridinhas do drama. Recomendo e indico a leitura.
Eu nunca resisto a um drama e este veio muito bem a calhar, foi uma gratíssima surpresa, fiquei bem satisfeita com a leitura também, só achei que a capa poderia ter sido melhor elaborada para chamar mais atenção para a trama que é realmente boa.
ResponderExcluirBeijão da amiga, Van - Retrô Books
http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
Com certeza foi uma grata surpresa a leitura desse livro. Quanto a capa eu não sei, fiquei agora imaginando tantas opções... Realmente essa capa não diz nada sobre o livro, seria interessante algo tipo...
ExcluirAlguma sugestão?!
Beijos Vanvan, sempre bom te ver por aqui.
Lelinha!
ResponderExcluirJá li esse livro tem uns dois meses e teve tanto impacto em mim que ainda não consegui elaborar a resenha, acredita?
O livro é bom demais.
“Não esqueça que Natal não é do Papai Noel tão pouco para ganhar presentes materiais, mas é a data que recebemos o melhor presente para nossa existência, Jesus!” (Rogério Stankewski)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Participem do nosso Top Comentarista de Dezembro, serão 6 livros e 3 ganhadores!
Agora fiquei curiosa quanto à sua resenha, não esquece de me avisar quando postar.
ExcluirBjs
Eu adoro um drama. A história parece bem interessante. Assim que tiver oportunidade vou ler.
ResponderExcluirLeia sim Nivia, drama é o que não falta nesse livro. Vc vai gostar!
ExcluirBjs
Olá, Leninha!
ResponderExcluirAté essa resenha, eu não tinha ideia do porque do nome do livro aqui no Brasil (e nem lá fora também!), pois a sinopse da editora revela tão pouco sobre o enredo que nem eu entendia o que é o livro.
Mas agora entendo que é uma trama que fala sobre a importância dos pequenos momentos e de como abrir mão disso para não fazer sua família sofrer com uma doença (Apesar de que acho que quem ama de verdade, ama até com a doença e está ao seu lado até o fim.) ou perder esse amor há pouco encontrado é doloroso.
A lição é que a vida é cheia de amor para desperdiçar fazendo tempestades em copo d'água.
Um abraço!
A história é um dramão, mas vale cada página.
ExcluirLeia e depois me conta!
Bjs