Sabe aqueles livros que te pegam pela capa? Que ao ler a sinopse você se interessa logo de cara? Que você sabe que ali deve ter coisa boa, porque os nacionais estão surpreendendo mais a cada dia? Pois é, aconteceu tudo isso comigo logo no meu primeiro contato com o livro O Retrato da Condessa.

Apaixonei-me por essa capa assim que a vi no estande da Editora Qualis, na Bienal do Rio 2015. Deixei-o na lembrança para o segundo dia do evento, que era o dia de comprar na Bienal. Eis que durante o evento de outra editora tive o prazer de conhecer a autora, que além de ser simpaticíssima, sabe instigar o leitor para adquirir seu livro, seja ele com uma pegada mais hot — mesmo que não faça muito meu gosto —, ou no estilo contemporâneo misturado com romance de época. E olhe para mim agora, estou totalmente encantada pela história de Laura e Vincent Kildare.

Prepare-se para adentrar em um romance inusitado, com uma leitura dinâmica, mas que, apesar de rápida, prende o leitor desde sua primeira página. Nos agradecimentos, no final do livro, a autora nos conta que O Retrato da Condessa era para ser apenas um conto, mas que os personagens a empolgaram ao ponto de surgir uma história completa, então depois de ler isso entendi a forma da escrita tão desenrolada e rápida presente em toda a narrativa.

Conheceremos aqui Vincent, um conde cobiçado por todas as moças casadoiras da época, mas que não tem intenção de se prender a nenhuma; e Laura, uma mulher dos tempos atuais, despojada, alegre, que vive intensamente cada instante da sua vida, sem medo de ser feliz. Dois mundos opostos que se unem depois de um fato atípico que acontece durante um baile. Depois desse momento tudo pode acontecer, e acontece.

Mundos distintos, épocas diferentes, e dois personagens que se encontram porque, de certa maneira estava escrito: eles foram feitos um para o outro.

Amei a maneira que a autora vai crescendo na história e nos dando mais e mais conteúdo a cada página virada. Eu particularmente gosto de um drama mais profundo, e acho que a relação e os dramas vividos entre Laura e Vincent poderiam ter sido mais enraizados. E acredito que se a autora se aprofundasse um pouco isso nos renderia umas 100 páginas a mais — e que eu adoraria ler. Porém, como eu disse anteriormente, esse livro era para ser apenas um conto, e mesmo tendo somente 166 páginas não deixou nada a desejar.

Um mocinho encantador (que entrou na minha lista de Top Piriguetagem desse ano); uma mocinha desbocada e linda; uma vilã digna de nota e tantos outros personagens que transformaram a trama em algo único. Inclusive, quero salientar a presença de um personagem que aparece no final da trama e que me deixou completamente louca para ler um livro só dele. Palmas para a presença de espírito do mega gato, Brad Pitt, “Eric Longham”. Espero trocar uma ideia com a autora M. S. Fayes e começar a minha campanha por um novo livro onde eu possa vislumbrar um pouco mais sobre esse “deus”

Se eu recomendo a leitura de O Retrato da Condessa? Para ontem. Leia e apaixone-se.