Ciao!
Sou a Beta, do blog Literatura de Mulherzinha. Fiquei muito feliz de ser convidada para participar do aniversário do Sempre Romântica. Primeiro, parabéns à Leninha, porque a gente sabe o quanto este nosso hobby é exigente. É bom ter espaço para compartilhar nosso amor pela leitura!

E ela pediu para destacar o trabalho de alguma autora nacional. Confesso que fiquei em dúvida na hora de escolher porque tem pessoas que eu acompanho, sinto muito carinho e respeito pelo trabalho. Por isso, fico contando as horas para ler os próximos trabalhos.

Atualmente estou nesta situação com a Graciela Mayrink. Ela acabou de lançar Quando o Vento Sumiu, que pretendo comprar tão logo encontre na livraria (não sou muito fã de compras por sites).

Só conheci o trabalho dela graças à minha mãe. Se eu tenho mão boa para desencavar séries (especialmente fora de ordem), #MadreHooligan garimpa autoras nacionais como ninguém. “Olha, Roberta, este livro se passa em Viçosa!” foi a frase que rendeu um livro novo em casa Até eu te encontrar (que #MadreHooligan leu primeiro) e uma entrevista para o G1 Zona da Mata (em um daqueles momentos em que a blogueira pauta a jornalista).

Gostaria de destacar o segundo livro dela, A namorada do meu amigo. Amizades, encontros e desencontros de personagens que estão fazendo a transição da adolescência para a juventude são os temas que ela aborda. Talvez eu enxugaria algumas cenas, mas é questão de gosto e de humor durante a leitura. No geral, as tramas que ela cria são gostosas de ler, cativantes e lembram muito situações que podem ocorrer com qualquer um (inclusive a gente).

Neste caso, ela conta a história de três amigos – Beto, Cadu e Caveira – que sempre foram unidos, ao ponto de merecerem o apelido de “Os Três Mosqueteiros”. Quando eles eram crianças, andavam sempre às voltas com a “pirralha” da Juju, que também queria ser uma mosqueteira, mas eles não aceitavam mais integrantes no grupo. Até o dia em que a família dela se mudou para Porto Alegre e passou anos longe de Rio das Pitangas.

Tudo se manteve normal, os garotos cresceram e quando já estavam na faculdade, eis que Juju retorna. Cadu, o narrador, só descobre ao voltar de férias e ver que a pirralha que tanto o irritava tinha se tornado uma garota linda. Ele se interessa imediatamente por ela, mas descobre que agora Juju namorava Beto.

Eis o dilema que move a história: amor ou amizade. O que escolher numa encruzilhada dessas? Como agir ao perceber que está interessado e se apaixonando pela namorada do melhor amigo? O livro mostra toda a confusão de sentimentos de Cadu, as decisões que ele tomou, as consequências que assumiu, o relacionamento com os amigos e com a família. Por boa parte, fiquei sem imaginar como seria o desfecho da trama, porque, diante do cenário construído, era certo de que não haveria final feliz para todos os personagens. Alguém teria que sofrer.

Achei bonito, achei triste e achei crível, gente como a gente às voltas com as dúvidas, confusões e angústias da primeira paixão para valer. Afinal de contas, como minha mente ficou repetindo o tempo inteiro durante a leitura: “Tá achando que crescer é fácil?!”.

Espero que vocês curtam a dica e se divirtam com as tramas criadas por Graciela e conheçam mais dos nossos talentos com este presentaço de niver do Sempre Romântica.

Bacci!!!