Existem mulheres negras, brancas, morenas, latinas, asiáticas, indianas, indígenas. Existem engenheiras, donas de casa, prostitutas, senadoras, artistas, executivas, atrizes. Há mulheres cegas, surdas, mudas. Mulheres bipolares, deprimidas, ansiosas.
Existem heterossexuais, lésbicas, bissexuais, arromânticas, pansexuais, assexuais. Mulheres cristãs, ateias, budistas, islâmicas.
Há mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que eu disse até aqui.
Cada uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e representadas. Minha abordagem será abrangente, convidando todos os que dividem comigo essa ideia de liberdade a celebrar a diversidade do ser humano.
Esse
não é o tipo de livro que estou habituada a ler, até porque ele não é
uma história com início, meio e fim. Esse é um livro ilustrado e em cada
página somos apresentados a personagens comuns, com nomes comuns e
diversos tipos de situações. As ilustrações falam do cotidiano de muitas
pessoas, das situações que passamos ou vemos pessoas passarem e que
muitas vezes achamos corriqueiras e até aceitáveis, mas que na verdade
pode ser o inferno de muitos.
O
livro aborda diversos temas como sexualidade, como vemos nossos corpos e
como ele pode ser visto pelos outros, como somos julgados por nossa
maneira de vestir, de nos comportar e que muitas vezes somos vistos de
maneira errônea pela sociedade. Enfim, como a mulher é julgada pelas
suas escolhas.
Conheci a autora Carol
Rossetti durante a Bienal do Rio dias atrás, e me encantei com seu
jeito tímido de ser, mas apesar de perceber o quanto ela aparenta ser
delicada e tímida devo frisar: que cabeça boa tem essa menina! Ela
retrata através de suas ilustrações as mais diversas situações, muitas
eu já vi e ouvi de bocas por aí, pessoas que se dizem corretas, e que
deveriam repensar suas atitudes e ações. #ficadica
Um
livro inspirador que fala, acima de tudo, de respeito, sobre o quanto é
importante se aceitar sem dar ouvido a pessoas que se acham donos da
razão e que sabem fazer um escarcéu por verem situações que diante de
seus pontos de vistas não aceitam e tal. Seria tão mais fácil e justo se
todos se aceitassem e aceitassem os outros como são. Mas, pelo andar da
carruagem, ainda temos muito que vencer de preconceitos para chegar a
um patamar, digamos, aceitável para todos.
Se
prepare para ver um livro caprichado, com belas ilustrações e um cuidado
impecável. É fácil se identificar com as questões apresentadas e deixar
a cabeça criar tantas outras situações pela qual muitos de nós já
passou.
O livro é tão inspirador que decidi criar minha própria questão. Quem sabe a Carol resolva ilustrar?! — Mais uma vez #ficaadica
“Leninha é blogueira literária e, um dia, foi questionada se ela não se achava velha demais para resenhar os livros que lê.”— Leninha, não se preocupe. Que eu saiba não existe idade para ler, muito menos escrever, além disso a idade está na cabeça de cada um. Essa pessoa que te perguntou isso só pode ser mentalmente velha como um dinossauro.
Adorei
o livro, me identifiquei com muitos dos casos citados e espero que
todos leiam. Vale a pena apreciar não só as questões apresentadas como
também o talento dessa jovem escritora e seu dom em ilustrar.
Oi, Lena. Tudo bom? Não é o tipo de livro que incluiria a primeira vista na lista de desejados, mas fiquei contente em saber o quão bom é a história e a mensagem que nos deixa.
ResponderExcluirBeijos,Lu
Blog: Apaixonada por Romances Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Como disse na resenha o livro não tem um história e sim cartões com pequenas situações. Você precisa ver para entender.
ExcluirCerteza que depois de ler uma das situações você vai querer ler todas.
Beijos Lu
Leninha!
ResponderExcluirUm livro que fala sobre mulheres por si só já é bem atrativo e com ilustrações para facilitar a visualização, ainda melhor.
Não conhecia.
“A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.”(Soren Kierkegaard)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Precisa conhecer Rudy, vc vai apreciar todo o conteúdo e claro, todas as ilustrações.
ExcluirBjs