Seattle, 1933. Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho. Na manhã seguinte, o dia 2 de maio, uma nevasca desaba sobre a cidade.
Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve.
Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. O dia é 2 de maio. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos,
Claire se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Ela descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.
Jio, Sarah. Neve na Primavera. Tradução: Rafael Gustavo Spigel. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2015. 336p. Título original: Blackberry Winter.
Esse é o segundo livro que leio da autora Sarah Jio e, mais uma vez, devo render meus aplausos efusivos para essa autora que escreve com a alma na ponta dos dedos. Sarah tem o poder de transportar seu leitor para dentro de sua história, nos deixa refém de sua narrativa a ponto de perdermos compromissos, levar o livro para todo lugar e de jeito nenhum desperdiçar tempo sem aproveitar para ler. Toda e qualquer oportunidade, lá estava eu lendo mais uma página, era impossível largar e difícil não terminar a leitura em poucas horas.
Impressionante como a narrativa e suas nuances prende, e o que personagens tão simples podem fazer com o leitor. Duas mulheres com mais de 70 anos de distância uma da outra, mas com um mundo em comum. Claire e Vera são incrivelmente apaixonantes, uma na sua imensa dor e outra na sua busca incansável.
O livro é narrado sob a perspectiva dessas duas protagonistas e intercalam os capítulos em dias atuais e flashbacks. Em um temos a história de Vera, uma moça simples, apaixonada e pobre, que luta para manter seu pequeno presente de Deus, Daniel, em segurança, aquecido e alimentado, porque amor ele tem de sobra. Em outro, temos Claire, uma mulher que passou pelo pior momento que uma mãe pode passar e que tenta se manter firme, trabalhando e segurando a duras penas um relacionamento já quase fadado ao fracasso.
A história das duas se mistura no momento em que Claire se vê forçada a escrever uma matéria para seu jornal, falando sobre uma nevasca incomum que pegou sua cidade de surpresa e que coincidentemente aconteceu também anos atrás e que fez de Vera uma de suas vítimas. Durante a nevasca em 1933 o pequeno Daniel, filho de Vera, desapareceu sem deixar pista; e nos dias atuais Claire se sente na obrigação de descobrir o que aconteceu naquele ano fatídico.
Começa, então, a ser narrado fatos que podem unir essas duas personagens distantes e que tem tanto em comum. O foco principal da narrativa é a maternidade, mas dentro desse tema temos romance, drama, desilusões, decepções, dor, perdas, reconciliações e mais, muito mais.
Vou confessar para você, querido leitor, fazia já algum tempo que um livro não me prendia tanto, que me deixava pensando nele quase 24 horas por dia, foram duas noites de sono conturbado e de correria nos afazeres domésticos, durante o dia, para retornar ao livro. E algumas horas de posições ruins no sofá para descobrir o desfecho dessa preciosidade. Ao seu término lá estava eu com um sorriso no rosto e um soluço preso na garganta, por ter conhecido uma história tão linda e com um final tão perfeito.
O romance despertou em mim sentimentos contraditórios, lembranças conflitantes que machucam quando me recordo do vazio que existe dentro de mim sempre que me lembro do filho que um dia perdi. O livro me fez reviver sensações que há muito guardo bem no fundo do meu coração, um buraco enorme que jamais será preenchido, mas me fez também refletir sobre perdas e suas consequências devastadoras, sobre superação e sobre o grande poder do amor e da família.
Como vocês podem ver, o livro tocou fundo no meu coração e, com certeza, irá tocar cada leitor de uma maneira única, irá despertar emoções em cada um que se dê o prazer de conhecer essa bela história de amor incondicional.
Eu recomendo como leitura imediata, para ontem... Você ainda não está lendo? Corre!
P.S.: Uma dica para quem vai iniciar a leitura: Ouça a música BlackBerry Winter, da cantora e pianista Hilary Kole, que inspirou Sarah Jio a escrever essa linda história. Com certeza, a música irá tocar seu coração e prepará-lo para a leitura.
Impressionante como a narrativa e suas nuances prende, e o que personagens tão simples podem fazer com o leitor. Duas mulheres com mais de 70 anos de distância uma da outra, mas com um mundo em comum. Claire e Vera são incrivelmente apaixonantes, uma na sua imensa dor e outra na sua busca incansável.
O livro é narrado sob a perspectiva dessas duas protagonistas e intercalam os capítulos em dias atuais e flashbacks. Em um temos a história de Vera, uma moça simples, apaixonada e pobre, que luta para manter seu pequeno presente de Deus, Daniel, em segurança, aquecido e alimentado, porque amor ele tem de sobra. Em outro, temos Claire, uma mulher que passou pelo pior momento que uma mãe pode passar e que tenta se manter firme, trabalhando e segurando a duras penas um relacionamento já quase fadado ao fracasso.
A história das duas se mistura no momento em que Claire se vê forçada a escrever uma matéria para seu jornal, falando sobre uma nevasca incomum que pegou sua cidade de surpresa e que coincidentemente aconteceu também anos atrás e que fez de Vera uma de suas vítimas. Durante a nevasca em 1933 o pequeno Daniel, filho de Vera, desapareceu sem deixar pista; e nos dias atuais Claire se sente na obrigação de descobrir o que aconteceu naquele ano fatídico.
Começa, então, a ser narrado fatos que podem unir essas duas personagens distantes e que tem tanto em comum. O foco principal da narrativa é a maternidade, mas dentro desse tema temos romance, drama, desilusões, decepções, dor, perdas, reconciliações e mais, muito mais.
Vou confessar para você, querido leitor, fazia já algum tempo que um livro não me prendia tanto, que me deixava pensando nele quase 24 horas por dia, foram duas noites de sono conturbado e de correria nos afazeres domésticos, durante o dia, para retornar ao livro. E algumas horas de posições ruins no sofá para descobrir o desfecho dessa preciosidade. Ao seu término lá estava eu com um sorriso no rosto e um soluço preso na garganta, por ter conhecido uma história tão linda e com um final tão perfeito.
O romance despertou em mim sentimentos contraditórios, lembranças conflitantes que machucam quando me recordo do vazio que existe dentro de mim sempre que me lembro do filho que um dia perdi. O livro me fez reviver sensações que há muito guardo bem no fundo do meu coração, um buraco enorme que jamais será preenchido, mas me fez também refletir sobre perdas e suas consequências devastadoras, sobre superação e sobre o grande poder do amor e da família.
Como vocês podem ver, o livro tocou fundo no meu coração e, com certeza, irá tocar cada leitor de uma maneira única, irá despertar emoções em cada um que se dê o prazer de conhecer essa bela história de amor incondicional.
Eu recomendo como leitura imediata, para ontem... Você ainda não está lendo? Corre!
P.S.: Uma dica para quem vai iniciar a leitura: Ouça a música BlackBerry Winter, da cantora e pianista Hilary Kole, que inspirou Sarah Jio a escrever essa linda história. Com certeza, a música irá tocar seu coração e prepará-lo para a leitura.
Eu adorei esse livro, Leninha. Parabéns pela resenha.
ResponderExcluirBjks
Obrigada Sueli. Uma história inesquecível com certeza.
ExcluirBjs
Nossa, eu fiquei emocionada com a sua resenha. Me arrepiei inteira. Acho que foi uma das resenhas mais sinceras que já li.
ResponderExcluirConfesso que já coloquei as minhas mãos nesse livro várias vezes, mas nunca cheguei a comprar, ficava na dúvida se ia gostar ou não. Mas agora essa dúvida evaporou e vou comprar e ler! Obrigada pela dica!!
bjs! Lah.
senhasdeumabookaholic.blogspot.com
Obrigada Lah, esse livro me tocou profundamente pela coincidência de fatos que aconteceram comigo, por isso sinto que dei a alma nessa resenha.
ExcluirCompra, você vai amar, se emocionar. Volta e depois me conta o que achou.
Bjs
Pode deixar! Assim que comprar e ler, volto para te contar!! bjss
ExcluirOi, Leninha!
ResponderExcluirDesde a primeira vez que li a premissa de Neve na Primavera fiquei interessada por causa do mistério envolvendo o desaparecimento do pequeno Daniel, me perguntando o que teria acontecido com ele... Pela primeira vez em minha vida fiquei interessada num livro que não gira em torno de um romance, e isso de uma pessoa que ler livros sempre a procura de uma linda história de amor.
Não li nenhum livro da autora, mas se ela escreve dessa forma - com a alma nas pontas dos dedos - quero muito conhecer a escrita dela e me emocionar com Neve na Primavera; quero muito descobrir, assim como a Vera e a Claire, o que aconteceu com Daniel.
Amei a resenha, muito linda. Parabéns!
Bjos!
Recomendo essa leitura para você Any, vc vai amar.
ExcluirDepois me conta.
Bjs
Outra autora que não conhecia é a Sarah Jio. Mas seus elogios foram bastantes persuasivos para eu ler logo um livro dela e morrer de amores.
ResponderExcluirGostei de saber que a narrativa é intercalada entre os personagens, deixa a gente por dentro de tudo que passa na cabeça deles, bom pra entender tudo.
Sua resenha está muito boa, realmente aumentou as minhas expectativas quanto à estória toda. Ser mãe não é fácil e mostrar a perda de um filho é algo que choca a gente.
Esse é um dos livros que fazer a gente refletir, e se perguntar: “E se fosse eu?”. Livros emocionantes é comigo mesmo.
Amei a sua indicação e depois dessa recomendação, com certeza quero conhecer.
Com certeza você vai amar a escrita de Sarah Jio, ela encanta ao transformar personagens simples em inesquecíveis.
ExcluirLeia e depois me conta!
Bjs
Leninha!
ResponderExcluirFiz resenha ontem desse livro e ainda estou engasgada aqui de tanta emoção, foi um livro que me tocou profundamente.
Gosto do artifício de mesclar uma história no passado e outra no presente e depois unir as duas e a Sarah fez isso com maestria.
Semaninha de luz e paz!
“Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...”(Chico Xavier)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Essa é uma história realmente inesquecível, vou lembrar e recomendar sempre.
ExcluirDepois vou lá conferir sua resenha amiga, bjs
Oiiii Leninha, senti que o livro foi muito mais que uma boa leitura pra você, né? Esse ainda não tive a oportunidade de ler, aliás, ainda não conheço nada do trabalho da autora. Apesar disso, entendo perfeitamente a sua atitude de não querer largar o livro até o final, aconteceu isso comigo, por exemplo, quando lia A Caricia do Vento da Janet Dailey. Amoooooooooo esse livro! :) Voltando a história, eu achei interessante o fato das protagonistas serem bem mais velhas do que geralmente vemos nas histórias em que a NC publica- claro que isso acontece porque as tramas são para um publico mais juvenil, eu sei. Enfim, pode ter certeza que vou procurar ler esse livro o mais rápido possível, só acho que não sentirei as mesmas emoções que você pois nunca passei e sei que é uma coisa inimaginável que é uma mãe perder um filho, nunca tive um, por isso acho que não sei se me conectarei tanto com o livro, como conseguiu com você. Mesmo assim, espero que eu consiga sentir nem que seja um pouquinho das emoções que você sentiu lendo esse livro Leninha.
ResponderExcluirBjus
Realmente o livro mexeu comigo Nathalia, mas acho que você vai conseguir sentir toda a emoção que a autora passa nessa linda história.
ExcluirLeia "Neve na Primavera" e leia também "Violetas de Março", você vai amar.
Bjs