Eu já estava com saudades das resenhas da Tícia, mas nem posso falar nada, pois entendo o quanto uma professora em época de provas deve ralar. Então, desculpo sua ausência forçada... e é com alegria que hoje trago mais uma resenha muito bem humorada da minha colunista nota 1000.

Por favor tenham pena da minha querida e não a matem, preciso dela. Entenda meu comentário lendo a resenha de...

Muito bem.
O negócio é o seguinte: o Roarke agora é meu e não há qualquer tipo de acordo contra isso. Eu sei que muitas ficarão indignadas, revoltadas e até mesmo acharão um disparate tal comunicado, mas isso é um troço irrevogável.
E antes que você me jogue praga, pedra ou um trava língua inteiro, em minha defesa digo que a culpa é da Nora porque ela é a responsável pela minha intransigente decisão. 
Quanto a Eve... que ela chupe gelo ou todo o Pólo Norte se quiser.
Isto esclarecido, vamos à Sobrevivência mortal.

Correndo o risco de ser esculachada pelo trocadilho cafona, não posso deixar de falar que quase não sobrevivi a este livro.
Por quê? Uai! Imagina uma história que começa com uma menina testemunhando toda sua família – que inclui outras duas crianças – sendo assassinada de uma forma extremamente cruel.
Daí, essa mesma garotinha, Nixie, protagoniza uma penca de cenas que me fizeram, no mínimo, derramar oceanos vultosos de lágrimas e questionar os porquês de livros assim me perseguirem se eu fujo deles com o mesmo obstinado empenho que eu fujo das dietas e afins.
Só rindo.

Para quem não sabe, este é o 20º livro da seriezona Mortal da Nora Roberts que eu, em tempos passados, jurava de pé junto que tinha a ver com vampiros (sim, já fui largamente zoada sobre isso).
Bem, a série está longe deste mundo sobrenatural, mas também está longe do mundo como conhecemos hoje porque a história tem um toque futurista, ou seja, a trama se passa láááááá na Nova Iorque de 2059. Traduzindo: tem carro voando, androide, viagem intergaláctica, resort fora do mundo, alimentos naturais como artigo de luxo e mais uma negoçada que fica por conta da nossa fecunda imaginação.

Assim que li Nudez Mortal, o primeiro da série, foi vício à primeira vista. Saí abocanhando tudo e, a cada livro que engolia, me apaixonava mais pelos personagens principais – Eve e Roarke – assim como também pelos personagens secundários. Mas o mais apaixonante de tudo foi a evolução, as pequenas e as grandes transformações que todos eles sofreram ao longo de cada história. O amor entre meu casal literário favorito então... (suspiro audível na China).

Sobrevivência mortal: a história
Como eu disse antes, a trama já começa com um assassinato violento e quem é chamada como investigadora principal é Eve Dallas. Depois de olhar a medonha cena do crime e somar 2 + 2, ela acaba encontrando Nixie escondida em um banheiro, cheia de sangue e apavorada. A menina logo se agarra à nossa tenente mal-humorada que, sem opção, acaba levando-a para sua própria casa.

A partir daí, se inicia uma tensa perseguição a um inimigo quase inidentificável porque a única pista que se tem é aquela que Nixie forneceu: dois homens vestidos de preto, com máscaras. Nada mais. Diante de tamanha escassez informacional, até a metade do livro eu tive tantos suspeitos que desconfiei até da pulga do cachorro do vizinho do seu Zé.

Bem, até que Eve e sua equipe foram juntando uma peça daqui, outra dali e... pimba! Chegaram a algumas soluções e a coisa foi desandando para um final que quase me provocou um mini-infarto. Aliás, estou pensando seriamente em processar a Nora por lesão corporal ou perdas e danos: foram-se todas as minhas unhas.

Esse livro é muito bom. Não só pela história bem escrita ou pelas peças bem encaixadas assim como um suspense investigativo de qualidade. Mas é ótimo pela diversidade de tudo o que a gente gosta em histórias porque tem romance fofo, diálogos engraçados e espirituosos, ação, drama e por aí vai.

E não me pergunte se Sobrevivência mortal é o melhor da série porque eu sou suspeitíssima para falar porque amo TODOS eles.
De cabo a rabo.
Sou viciada de uma forma medonha.
Do tipo que gasta uma fortuna comprando os livros que, aliás, poderiam custar 9,99.

Recomendo?
Demais da conta!
; )