Hoje abro o blog para uma amiga mais que especial. Ela não é só uma amiga querida, ela faz parte do blog. Há alguns meses atrás e desde sempre minha companheira na coluna: Sessão da Tarde.
Hoje ela vem abrir seu coração e desfrutar de um espaço que é seu.
Vivi fique à vontade, o espaço é todo seu!
O que aprendi lendo romances (Versão resumida)
Olá, leitores e leitoras do Sempre Romântica! Meu nome é Viviane. E eu sou uma Leitora de carteirinha de romances desde... bem, acho que desde quando minha fome de leitura passou a ser maior do que eu. É claro que não passei incólume pelas várias histórias lidas. Ao longo da minha existência, tenho aprendido que a literatura é um ramo da vida com vasta aplicação. Segue abaixo algumas coisas que aprendi - veja só! - lendo romances.
1) Na ausência de forças externas, um objeto em repouso permanece em
repouso. Imagine a cena: Eu,
livro em mãos, aboletada na minha cama até os dias de hoje. Caí de amores pelos
livros e fiquei nessa a vida toda por inércia. That’s my life! Desde que
me entendo por gente, euzinha validando a primeira lei de Newton.
E antes que digam que sou preguiçosa, as forças externas existem. E são
mais bem conhecidas como “cuidar da vida”.
2) Porém, como
disse Maupertuis (1744): “a natureza é econômica em todas as suas ações".
Lógico que tenho outras coisas para fazer. Mas não preciso me matar para dar
conta de todas elas. Diz aí, a verdade é que fazemos tudo e mais um pouco e
ainda sobra tempo para ler. Apesar de que sempre levarei a “culpa” de viver com
nariz enfiado nos livros. Aproveito o ensejo para uma declaração: 20% do meu
tempo vão para leitura. Mas, pode crer que garanto 80% de resultado em
qualidade de leitura. Yeah, é a lei do menor esforço. E não me se
sinto mal por isso.
3) Mesmo porque o
contato com os livros é uma espécie de simbiose benéfica. Fato: Leitor e
livros precisam de relação simbiótica para sobreviver. A gente cresce com os
livros, e suas histórias ecoam da gente para o mundo. Caro leitor, você não
está só. A sobrevivência é possível.
4) Omne trium
perfectum, isto é, toda a tríade é perfeita. - Ah, eis a famosa regra
de três! Afinal, a tríade começo-meio-fim não é uma questão meramente
acidental. O fato é que a maioria das histórias tem esse princípio a sustentar
suas narrativas. Parece mesmo que tudo vem em três. As trilogias. Os triângulos
amorosos. Sem contar os três porquinhos, os três mosqueteiros, Aladdim e os
três desejos...e por ai vai. Portanto, nunca se esqueçam: quando o assunto é
literatura, um é pouco, dois é bom, três cria o padrão e se estabelece. Quem
não sente falta do trio mocinho, mocinha e vilão, atire a sua coleção de
trilogias agora!
5) Princípio da
decantação ou separação de misturas - Sou da opinião de que leitura boa é
aquela que marca. Leitor já está acostumado com o ritmo do tudo junto e
misturado. Desenvolvemos bem a competência da leitura caótica. Mas por
comprovação empírica, temos alta capacidade seletiva. Lemos mais de um livro ao
mesmo tempo e a cuca não se confunde. Mas o bom disso tudo é que não importa se
foi há muito tempo, não importa se a quilometragem das leituras transcorridas é
alta demais, as melhores partes de uma história continuam lá, preservadas em um
canto escondido da memória. Provavelmente pela via do coração, somos
sempre capazes de evocá-las.
6) Impenetrabilidade
(Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço) - Eu assumo, se há
um livro mais apetitoso, abandono o que estou lendo imediatamente.
7) Procuro evitar,
quando posso, o reflexo condicionado, mas reconheço a importância da
teoria pavloviana quando usada em meu favor. É uma ferramenta de estudo
crucial, pois ajuda na memorização e na associação de eventos. Porém, não é
legal recriar o mesmo tipo de leitura todos os dias. É bom dar uma agitada
nesse negócio. Para você que só seleciona o que está habituado a ler, vou lhe
contar um segredo: Existe um bocado de livro bom que só não existe pra você.
8) Posso arriscar uma
visão literária do turbilhão de Descartes? A energia da leitura é a tensão.
A narrativa gira em um grande turbilhão central que, por sua vez, origina turbulências
menores ou secundárias. Traduzindo, essas pequenas turbulências representam
nossas emoções colidindo com os eventos da narrativa. Eles geram uma
perturbação em nosso espaço, e não demora muito e... Olha lá elas chegando: as
borboletas nada quietinhas que vão parar em nosso estômago. Você pode roer as
unhas, brigar com os personagens e esbravejar com o autor, mas é a lei da
conservação, baby, a história fica preservada para sempre tal como é.
Falando nisso, caros autores, não é nada pessoal, contudo, para o bem ou para
mal, não é sempre que a intensidade da reação corresponde à mesma da ação
original. Ih, acho que acabei de contrariar a terceira lei de Newton.
9) Eu adoraria falar
sobre a força de atrito, porém vejo que há crianças no recinto. =P
10) Para resumir,
qualquer fenômeno físico precisa ser compreendido mediante as respostas mais
simples possíveis. Então, vamos unificar tudo o que disse acima na seguinte lei
universal da literatura, que postulo nesse exato momento: Tudo existe para
acabar num livro. E estamos conversados.
Esse é apenas um resuminho básico. Eu poderia, passar horas e horas
escrevendo o que aprendi lendo romances. Mas, isso configuraria alguma lei do
infinito inscrita em alguma ciência suprema dos seres extra-humanos.
A síntese está aí. O cerne é saber que tudo começa com a pequena ação de
abrir um livro e ler. Assim como os caminhos da sabedoria universal, tudo tem
início com um movimento e terminará com o desenvolvimento da consciência.
É isso aí, galerinha. Continuem estudando a matéria direitinho, porque o
teste é amanhã!
E para Leninha e o
blog Sempre Romântica, muito obrigada por me convidar para participar da
celebração. Que o blog tenha muitas histórias para contar. E que venham mais
quatro anos de sucesso... E mais quatro, e mais quatro, e mais...
♥•.¸¸.•♥´¨´♥•.¸¸.•♥•.¸¸.•♥´¨´♥•.¸¸.•♥•.¸.•♥
PS: Não esqueça que comentando nos posts de Aniversário do blog em todo mês de Outubro você concorre a Kits de marcadores Exclusivos! Conto com a participação de todos!
Ahhhh adorei sua comparação com o nosso cotidiano com as nossas leituras ;)
ResponderExcluirFoi uma sacada mto bacana... parabéns ;)
Andy_Mon Petit Poison
www.monpetitpoison.com
Gostei da "Impenetrabilidade". kkkk
ResponderExcluirSou adepta, faço o mesmo. rsrsrs
bjokas
Genial o post, muito original e a Vivi arrebentou...rss
ResponderExcluirbeijos,
Dé...
kkkk
ResponderExcluirAdorei, Vivi! Muito legal!
Muito criativo! Parabéns!
Adorei a "simbiose benéfica" (apoiado!) e a "impenetrabilidade" também (eu assumo)!
Bjinhos,
Náh
Muito legal :-D
ResponderExcluirParabéns pela ideia.
Bj, Aris.
Muito obrigada pelos comentários, meninas. Valeu mesmo! Leninha, queridaça, parabéns mais uma vez. Estou amando acompanhar o especial de aniversário. No mais, continue mandando a maior brasa no blog!
ResponderExcluirBeijocas amigas
Vivi
Oi Vivi!
ResponderExcluirÓtimo texto! Adorei a lei do atrito :P kkkk. Parabéns!
Bjs
Original, reflexivo e simples!
ResponderExcluirAdorei o post!
Romances deixam todas nós assim ^^
bjs
Oi, Leninha.
ResponderExcluirCada dia, me surpreendo mais com os posts especiais.
Adorei a originalidade e autenticidade no texto da Vivi, porque ela descreveu o nosso dia-a-dia e nossa paixão literária tal qual como é.
Me encaixo em todas as categorias acima.
Adorei a lei do atrito, a impenetrabilidade, o reflexo condicionado e o turbilhão de Descartes.
Parabéns, Vivi! Muito criativo.
Beijos.
Muito especial mesmo este post* Acredito que todos os livros nos ensinam algo..desde os mais profundos sentimentos aos mais simples!
ResponderExcluir"Me encaixei em todas as categorias"
Até imprimi elas! rsrsrs
Bjos da Lê
E isso mesmo,livros fazem parte do nosso dia-a-dia,não tem como negar,s misturam as nossas atitudes,se intrometem na nossa vida e as vezes tomam algumas decisões.
ResponderExcluirBjnhos.
Luciane Oppelt
hahhah que delícia esse texto!!!!! Super diferente e super verdadeiro =D
ResponderExcluirVivi,
ResponderExcluiradorei seu texto. Engraçado que eu nem preciso mais ver a autoria, ja sei que é vc!
Que continuemos a pequena ação de abrir um livro e ler.
Bjos,
Jê